Agronegócio
A resposta para a Covid pode estar nesta planta brasileira: descubra qual
Duas espécies brasileiras se mostraram muito eficazes contra as principais variantes da covid-19, segundo estudo do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Cariri.
Em meio à contínua busca por soluções para combater a pandemia de covid-19, uma notícia promissora surge no Brasil.
Pesquisadores do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Cariri (CCAB/UFCA), localizado no Ceará, realizaram um estudo revelador que apresenta uma descoberta surpreendente:
Moléculas derivadas de plantas nativas da Chapada do Araripe têm a capacidade de inibir a infecção por diferentes variantes do vírus Sars-Cov-2, incluindo a temida variante Omicron.
Os resultados desse estudo, que abrem novas perspectivas no combate à pandemia, foram publicados recentemente na renomada revista Viruses, especializada em estudos virais.
Foto: Maria/Amethist / Flickr
Plantas da Chapada do Araripe
As duas espécies de plantas estudadas no experimento são a Canavalia brasiliensis, conhecida como feijão bravo, e a Dioclea violacea, popularmente chamada de mucunã.
Originárias da região da Chapada do Araripe, no Ceará, essas plantas revelaram um potencial notável na inibição da infecção por diversas variantes do vírus Sars-Cov-2, que causam a covid-19.
Esse achado é particularmente importante em um momento em que as mutações do vírus estão gerando novas variantes de preocupação.
Resultados promissores
O estudo conduzido pelos pesquisadores do CCAB/UFCA foi conduzido meticulosamente, avaliando a capacidade das moléculas dessas plantas em inibir a infecção por três variantes do coronavírus: Omicron, Gama e Wuhan-Hu-1.
Os resultados obtidos foram impressionantes, demonstrando uma eficácia de até 95% na inibição da infecção por essas variantes.
Essa descoberta representa um avanço significativo na luta contra a covid-19 e suas mutações, uma vez que até o momento não havia sido relatado um agente natural com esse grau de eficácia.
Possíveis implicações e próximos passos
Os resultados do estudo com as plantas da Chapada do Araripe abrem caminho para uma série de possíveis implicações e próximos passos na pesquisa.
Uma das aplicações imediatas pode ser o desenvolvimento de tratamentos baseados nessas moléculas vegetais, a fim de combater a infecção pelo coronavírus de forma eficaz e segura.
Além disso, a pesquisa pode ser estendida para investigar a ação dessas moléculas contra outras variantes do vírus, fornecendo informações valiosas sobre sua amplitude de eficácia.
Desenvolvimento de medicamentos e tratamentos
A descoberta das moléculas presentes nas plantas da Chapada do Araripe também pode desencadear pesquisas mais abrangentes na área de desenvolvimento de medicamentos antivirais.
A capacidade dessas moléculas de inibir a infecção por diferentes variantes do Sars-Cov-2 é um indicativo promissor para o desenvolvimento de tratamentos específicos, que podem ser uma adição valiosa às estratégias atuais de combate à pandemia.
Potencial para a biodiversidade brasileira
Além dos benefícios imediatos no combate à covid-19, a descoberta das moléculas nas plantas da Chapada do Araripe destaca o potencial da biodiversidade brasileira na pesquisa científica e na busca por soluções inovadoras.
O Brasil é um país rico em recursos naturais, e a exploração responsável deste patrimônio pode resultar em descobertas que beneficiam não apenas a população local, mas também a comunidade global.
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