Política
Se Milei carimbar a Casa Rosada em duas “vueltas”, verá que quem desce ao parquinho tem que saber brincar
Incêndio que Javier Milei promete se vencer os dois turnos na Argentina deve acabar no dia 20 de novembro, após a contagem dos votos
Depois de domingo, ainda haverá segundo turno nas eleições presidenciais da Argentina.
Mas, a segunda deverá ser entre tensa e agitada para os argentinos, por óbvio – ainda por cima seguirão com inflação em quase 200% e dólar valendo quase 1 mil pesos.
E para o Mercosul, em especial ao Brasil, bem como com certo grau de atenção na China.
Até dia 19 de novembro, “segunda vuelta”, o tempo vai ficar quente.
Javier Milei, o ultradireita, deve confirmar o favoritismo na “primera vuelta”, depois de amanhã, e provavelmente ficará mais empolgado em partir para o ataque contra a União Aduaneira do Cone Sul, além de apontar o dedo para o “comunista” Lula.
Já falou em rompimento com o Brasil, chamando até a atenção do comedido Fernando Haddad, ministro da Economia – “o que o Brasil fez para merecer esse tratamento?”.
Na mesma linha, igualmente vociferou contra a China, como se fosse pouca a importância do país no atual estágio argentino.
Aviso aos navegantes: se o “antissistema político”, como se auto define o jovem economista de 52 anos, realmente levar a Casa Rosada no pleito de novembro, vai acabar abrandando os ataques.
Mas não vai fazer é nada do que está prometendo, isso sim.
Vai abrir mão do Brasil, seu principal e quase único comprador de seus poucos produtos manufaturados, deixando de se beneficiar de alíquota zero?
Jamais, porque praticamente matará de vez o país, e o empresariado – que já se manifestou contra a dolarização oficial apregoada -, irá se rebelar. Talvez siga criticando as relações dentro do Mercosul com a principal economia, a brasileira, porque sabe também que ao governo Lula não interessa acirrar mais os ânimos.
Nesse período pré-eleitoral interessa a ele se contrapor ao Lula em oposição ao vice-líder das pesquisas, o ministro de Economia peronista Sérgio Massa.
Com a China, menos ainda. Além de destino das commodities e carnes portenhas, os chineses já despejaram mais dinheiro no país do que aqui no Brasil.
Pequim, sim, falaria grosso.
“Tonto” (outra expressão bem comum argentina) Milei não é. Pode ser meio aloprado, mas deve reconhecer intimamente que nem os Estados Unidos e menos Europa irão suprir com dólares o seu país.
O mundo desenvolvido já tem problemas demais internos, com Ucrânia e agora com essa encrenca que o Hamas nos meteu e Israel fará questão de perpetuar.
Milei vai ver que quem ‘desce ao parquinho tem que saber brincar’, para lembrar o que está acontecendo com Luiz Inácio Lula da Silva e como aconteceu com Jair Bolsonaro. Se ele realmente carimbar o passaporte para quatro anos.

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