Hora de repensar? Países abraçam a semana de 4 dias

O tema da redução da jornada de trabalho é uma questão debatida em todo o mundo e não é diferente no Brasil. Recentemente, a Comissão de Direitos Humanos do Senado trouxe esse assunto à tona.

O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, enfatizou a importância desse debate e afirmou que já passou da hora de discuti-lo no país. Ele ressaltou que essa não é uma questão exclusiva do governo, mas, sim, um tema que envolve toda a sociedade.

Marinho expressou sua opinião, destacando que acredita sinceramente que o momento é propício para considerar uma regulamentação da jornada de trabalho. No entanto, ele esclareceu que essa opinião não foi discutida com o presidente Lula.

O ministro também mencionou que o presidente provavelmente não se oporia a um debate sobre a redução da jornada de trabalho, desde que seja uma demanda da sociedade e que não envolva uma redução salarial. Ele acredita que a economia brasileira teria capacidade de suportar tal medida. Portanto, o assunto está em pauta e pode gerar discussões importantes no cenário político e trabalhista do país.

O que é a organização 4 Day Week Global

A iniciativa, conhecida como “4 Day Week Global”, visa explorar a viabilidade de uma semana de trabalho de quatro dias, seguindo o princípio do 100-80-100. Isso implica em manter 100% do salário, trabalhando 80% do tempo, com uma produtividade de 100%.

Testes no Brasil

No Brasil, 20 empresas estão se preparando para participar de um piloto que terá início em novembro e se estenderá por seis meses. Após esse período, cada empresa terá a opção de continuar com a jornada de trabalho reduzida ou retornar ao modelo tradicional. Atualmente, as empresas selecionadas para os testes estão envolvidas em treinamentos e processos de integração para garantir uma transição suave para seus colaboradores.

No Reino Unido, os testes já foram concluídos e, surpreendentemente, 92% das empresas optaram por manter a semana de quatro dias. Além disso, 71% dos funcionários relataram uma diminuição nos níveis de estresse e esgotamento (burnout), e as receitas das empresas aumentaram em média 2%. Isso destaca o potencial de sucesso dessa abordagem de redução da jornada de trabalho.