Ações, Units e ETF's
Finalmente a BRF vira top-pick e a dona Marfrig sobe com boi daqui; Minerva não acompanha
Frigoríficos sobem com XP Investimentos analisando os próximos balanços do 3T23
A controlada BRF (BRFS3) deve sair melhor no terceiro trimestre de 2023 (3T23) que sua controladora Marfrig (MRFG3).
Os resultados esperados, em visões da XP Investimentos, acabam lançando luzes também sobre o Minerva (BEEF3), a seguir os indicadores de mercado interno do boi que ajudarão a limitar o balanço menor da Marfrig.
Em relação à companhia dona da Sadia e Perdigão, a corretora enxerga que, finalmente, vai incorporar preços menores do custo de insumos nos suínos e frangos – especialmente pelo milho, que caiu até 30% no ano.
Adicionado à melhores vendas gerais no mercado interno, contra exportações mais modestas.
O preço-alvo, pela XP, salta de R$ 8,60 para R$ 15, com o papel em linha de compra, saindo da neutralidade, e a ação salta 2,59%, a R$ 10,51.
Para o frigorífico Marfrig, a pressão da National Beef, nos Estados Unidos, vai apertar o balanço do 3T23, já que o custo da originação de boi por lá segue alto em ciclo mais curto de oferta.
Mas tem alguma limitação vindo do preço baixo do boi no mercado brasileiro no período – aliás desde julho -, que poderá dar uma margem de 100 pontos nos Ebitda.
A recomendação para a ON é de neutra, a R$ 8,70, sob o holofote do “valuation” do grupo após o anúncio de venda de 16 plantas para o Minerva, por R$ 7,5 bilhões.
Esses dois últimos pontos estão sendo vistos como positivo e deixa a ação negociada a R$ 6,37, mais 1,43%, nesta passagem da terça (31).
Aqui, o frigorífico da família Queiroz entra com preocupações quanto ao endividamento da compra (ainda não referendada pelo Cade) e a ida ao mercado para captar recursos (bons e debêntures), que andaram mexendo com os preços das ações.
Porém, no caso do boi mais barato no Brasil o frigorífico leva mais vantagem que o Marfrig, por necessitar mais de compras de terceiros, o que deve ter dado alguma margem melhor de julho a setembro nas exportações, especialmente à China, neutralizando os preços menores pagos pelos importadores.
Mas não está no preço esse fator matéria-prima e o papel está perdendo 0,13%, a R$ 7,54.
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