Agronegócio
Macaúba: a estrela brasileira no mundo dos biocombustíveis
Planta tem sido alvo de pesquisas e investimentos pesados do setor de refinarias, além de atrair também o interesse agrícola.
A macaúba, árvore presente em várias partes do Brasil, é vista por especialistas em bioenergia como a planta do futuro. Riquíssima em óleo, ela tem sido alvo de diversas pesquisas e investimentos para torná-la matéria-prima de combustíveis renováveis.
A Acelen, que é controladora da refinaria de Mataripe, na Bahia, anunciou um investimento de mais de R$ 12 bilhões em opções sustentáveis de combustível. Desse total, a maior parte (R$ 8,5 bilhões) é destinada à macaúba.
A planta tem atraído o interesse de diversas empresas não só nacionais como internacionais também. A Acelen pertence ao grupo Mubadala Capital, que fica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. As pesquisas feitas até então apontam a macaúba como a opção ideal para a produção de biocombustíveis.
Fatores positivos
Entre os elementos que facilitariam o negócio, está, por exemplo, a alta disponibilidade dela no Brasil, ou seja, existe uma grande oferta. Ela é encontrada do México ao sul de São Paulo, com destaque para o Cerrado de Minas Gerais, onde ela forma grandes e densas concentrações.
A macaúba está presente, ainda, no Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia.
A fácil dispersão dela, inclusive em ambientes secos, também faz da árvore uma opção interessante. Ela se destaca, inclusive, em relação ao dendê, que é o seu concorrente direto, mas que depende das chuvas para garantir o cultivo.
Oito vezes mais óleo que a soja
A concentração de óleo é tão grande que a macaúba produz até oito vezes mais óleo por hectare/ano, em relação a soja. Já está provado que a matéria-prima retirada da fruta pode ser usada na produção de diesel verde, óleo vegetal e até de querosene sustentável.
O objetivo da Acelen é ampliar a produção de todos esses, já mirando no mercado externo, especialmente nos países onde eles já são aprovados para venda e consumo.
Em dez anos, a refinaria pretende gerar 20 mil barris/dia de óleo vegetal de macaúba e cerca de 1 bilhão de litros por ano, que equivale ao abastecimento de 1,1 milhão de veículos.
Uso agropecuário
Outra vantagem do uso da macaúba está associada à ótima pegada de carbono que a árvore possui. Ela já está sendo integrada em pastagens agrícolas para ajudar na recuperação de solos degradados e contribuir na geração de receita para agropecuaristas familiares.
Esse tipo de experiência já ocorre, por exemplo, em Minas Gerais, onde consórcios de produtores rurais, donos de pequenas e médias propriedades, estão conjugando o plantio da macaúba para ampliar a produtividade do rebanho.
Ao melhorar a qualidade do pasto e oferecer maior conforto térmico aos animais, ela influencia diretamente na rentabilidade e na resposta do gado ao empreendimento agrícola.
Sequestro de carbono
Além disso, existe o ganho ambiental. A macaúba é capaz de, praticamente, sequestrar a presença de carbono no processo de plantio e recuperação do solo, a ponto de torná-la negativa. Com isso, o responsável pelo investimento fica com os créditos de carbono.
A estimativa é que cada hectare de macaúba é capaz de sequestrar até 20 toneladas de carbono por ano, conforme pesquisa feita pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).

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