Agronegócio
É tudo natural? Frango e hormônios – 5 verdades que surpreendem
Devido a sua popularidade na dieta de várias pessoas em todo o mundo, o frango é alvo de alguns mitos. Mas o que será verdade no meio de tanta informação que é divulgada? Descubra agora.
A carne de frango é uma fonte popular de proteína em diversas dietas ao redor do mundo. Ela é conhecida por ser uma carne magra e versátil, que pode ser preparada de várias maneiras, como grelhada, assada, cozida ou frita.
Até o ano passado, o Brasil mantinha sua posição como líder na exportação global de carne de frango desde 2004. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), hoje o Brasil ocupa a posição de segundo maior produtor e principal exportador de carne de frango em todo o mundo. No ano de 2022, a produção atingiu 14,5 milhões de toneladas, com uma parcela significativa sendo exportada para países, como Estados Unidos, China, União Europeia e Rússia.
Além de ser produtor de carne de frango, o Brasil também é um grande consumidor. De acordo com a ABPA, a média anual de consumo de carne de frango por habitante no Brasil é de 45,2 quilos.
Mitos e verdades envolvendo a carne de frango
A carne de frango é uma escolha alimentar comum em todo o mundo. Como resultado, surgiram vários mitos relacionados a ela. A seguir, veremos alguns deles.
Foto: Unsplash
Todo frango é criado com hormônios – mito
Essa afirmação não passa de um mito, pois os frangos são criados sem o uso de hormônios de crescimento. O desenvolvimento rápido das aves de frango não se deve ao uso de hormônios. Ao contrário, ele é alcançado por meio de seleção genética, cuidados com a saúde e nutrição adequada. O uso de hormônios de crescimento é inviável, pois eles levariam muito tempo para afetar as aves.
Além disso, no Brasil e em muitos outros países, o uso de hormônios para o crescimento de frangos é proibido. A legislação proíbe a adição de hormônios em alimentos para animais, conforme estabelecido pelo Decreto n° 76.986/1976 e pela Instrução Normativa Nº 17/2004, ambos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Portanto, a afirmação de que o frango contém hormônios é infundada.
A galinha tem mais de um coração – mito
Esse mito é uma brincadeira comum. Cada frango tem apenas um coração, e a quantidade de corações de frango consumidos pelas pessoas se baseia na matemática do consumo total de frangos. Em 2022, foram abatidos 5,6 bilhões de frangos no Brasil, o que se traduz em aproximadamente 26 corações de frango por pessoa ao ano.
A carne de frango faz bem para a saúde – verdade
A carne de frango é rica em vitaminas, minerais e proteínas. Ela contém vitamina B3, que é benéfica para o colesterol bom (HDL), além de proteínas que ajudam no desenvolvimento muscular e na formação do material genético.
As vitaminas do complexo B, presentes na carne do frango, também auxiliam na renovação das células e na saúde da pele. A maior parte da carne de frango é magra, mas o teor de gordura pode variar dependendo da parte do frango e da forma de preparação. Peitos de frango desossados são geralmente mais magros, enquanto a pele contém mais gordura.
Frango caipira é mais saudável – mito
Não existem diferenças significativas em termos de valor nutricional entre o frango caipira e o frango de corte. O frango de corte é abatido em um período mais curto, enquanto o frango caipira cresce mais lentamente. Isso pode resultar em diferenças de sabor e textura, mas não afeta substancialmente os aminoácidos, os minerais e as vitaminas da carne.
A aplicação de antibióticos no frango deve ser motivo de preocupação – verdade
Caso você não saiba, é comum o uso de antibióticos em pequenas doses na produção de frangos para prevenir doenças, e isso tem levantado preocupações devido ao aumento da resistência bacteriana. Por isso, vários países proíbem a importação de carnes tratadas com esse tipo de medicamento. A indústria de proteína animal está buscando alternativas, como biossegurança, probióticos, óleos essenciais, prebióticos e outros métodos para reduzir a necessidade de antibióticos na avicultura.
A Universidade de São Paulo (USP) conduziu estudos sobre o uso de extrato de lúpulo, a mesma planta usada na fabricação de cerveja, como um substituto eficaz de antibióticos na alimentação de aves. Isso representa uma alternativa potencial para reduzir a dependência de antibióticos na indústria avícola.
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