Agronegócio
Safra de 2024 será 2,8% inferior que a deste ano
País deve colher 308,5 milhões de toneladas, com recuo da produção de soja e milho
Mediante uma previsão de colheita de 308,5 milhões de toneladas, a safra de 2024 deverá ser 2,8% (menos 8,8 milhões de toneladas) inferior à deste ano, aponta Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado, nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em contraponto, a safra de 2023 (317,3 milhões de toneladas) apresentou uma produção 20,6% superior à de 2022 (263,2 milhões de toneladas), o que equivale a uma diferença de 54,1 milhões de toneladas.
Recordes interrompidos – Segundo o instituto, a interrupção da sequência de recordes dos últimos anos, decorre, sobretudo, da queda de produção de soja (-1,3% ou menos 1,985.180 toneladas) e milho (-5,6% ou menos 7,331.066 toneladas).
No que se refere à área plantada, avançaram: arroz em casca (4,5%); feijão (1,6%) e sorgo (0,2%), ao passo que recuaram: soja (-0,6%), o milho (-0,4%), o algodão herbáceo em caroço (-0,8%) e o trigo (-0,3%).
O gerente do LSPA, Carlos Barradas comenta “o excesso de chuvas na região Sul e o tempo seco no Norte está atrasando o plantio da nova safra em algumas unidades da Federação, o que pode atrasar a colheita e, consequentemente, o plantio da segunda safra, trazendo maior insegurança climática para a mesma”.
Já o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes, “temos reduções importantes nas previsões para a soja, que apesar da queda de 1,3%, ainda terá uma safra muito boa, de 149,8 milhões de toneladas, e para o milho, de 124,3 milhões de toneladas, caindo 5,6% após alcançar uma safra recorde em 2023”.
A única exceção de aumento da produção foi registrada no arroz em casca, que deve chegar a 10,5 milhões de toneladas, correspondendo a um avanço de 2,5%, para uma previsão de alta de 4,5% na área a ser colhida.
“No caso do arroz, como está chovendo bastante no Rio Grande do Sul, assim aumentam as reservas de água que serão utilizadas na irrigação deste grão. Além disso, os preços estão em patamares relativamente elevados. Essa produção deve ser o suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro”, acentua Barradas.
No ranking regional, apenas o Rio Grande do Sul deverá apresentar elevação de safra no ano que vem (+41,2%), ao contrário dos demais: Mato Grosso (-8,1%), no Paraná (-9,6%), em Goiás (-6,5%), no Mato Grosso do Sul (-7,4%), em Minas Gerais (-4,6%), em Santa Catarina (-7,8%), no Tocantins (-6,4%), em Rondônia (-2,9%), em São Paulo (-3,2%), na Bahia (-2,9%), no Maranhão (-0,9%), no Piauí (-6,2%), no Pará (-10,7%) e em Sergipe (-7,0%).
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