Dona do ChatGPT pode perder funcionários após demitir CEO; entenda o caso

A empresa de tecnologia OpenAI, dona do ChatGPT, pode perder seus funcionários após demitir o CEO Sam Altman, no dia 17 de novembro.

Ele foi “queimado” pelo conselho de administração, que alegou que o executivo não tinha mais a confiança daqueles membros.

Já no dia 20 centenas de funcionários da OpenAI, incluindo o cofundador e membro do conselho Ilya Sutskever, assinaram uma carta exigindo que os membros restantes do conselho da OpenAI renunciem. Caso contrário, os trabalhadores pretendem se juntar ao novo empreendimento de Altman.

Cerca de 667 pessoas assinaram o documento que pressiona pela volta do antigo CEO, e elenca que a Microsoft deu garantias a esses funcionários que eles teriam empregos na nova subsidiária, caso “optassem por ingressar”.

Isso porque tão logo foi demitido pela OpenAI, Altman foi contratado pela Microsoft, dona de 49% do ChatGPT. A contratante deu carta branca para o executivo iniciar uma nova empresa de tecnologia, que seria subsidiária.

Levantamento da CNBC aponta que os signatários incluem alguns dos executivos mais seniores da OpenAI. O ex-CEO interino Mira Murati e o COO da OpenAI, Brad Lightcap, são os dois primeiros a aderirem à carta. Murati foi nomeado como CEO após a saída de Altman, mas foi sucedido pelo cofundador da Twitch, Emmett Shear.

Dona do ChatGPT

Ainda de acordo com a CNBC, vários funcionários da OpenAI também expressaram seu apoio nas redes sociais. “OpenAI não é nada sem seu povo”, disseram.

O Grupo de Mídia explica que Altman foi forçado a sair na sexta-feira pelo conselho da OpenAI, incluindo Sutskever, que citou problemas não especificados com suas comunicações. Isso provocou uma reação de funcionários e investidores, incluindo Microsoft, Thrive Capital e Sequoia.

A diretoria então tentou negociar o retorno de Altman, mas as conversas não tiveram sucesso. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, anunciou no domingo que Altman e seu colega cofundador da OpenAI, Greg Brockman, se juntariam à empresa em um novo empreendimento, amplamente independente. O anúncio de Nadella também se referia aos seus “colegas” que se juntaram à Microsoft, embora o número não fosse claro.