Economia
Focus: previsão para o IPCA recua pela 3ª vez, indo a 4,53%; PIB também desce a 2,84%
Em que pese o lento declínio atual da inflação, projeção para 2024 fica estagnada em 3,91%
Pela terceira vez seguida, a projeção do boletim Focus – consulta semanal do Banco Central (BC) às 100 maiores instituições financeiras do país – para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deste ano caiu de 4,55% para 4,53%, após ter recuado de 4,63%, para 4,59%, na semana anterior.
Refletindo uma trajetória de maior lentidão do índice oficial de inflação, o indicador para o ano que vem estagnou em 3,91%, enquanto a estimativa para 2025 se manteve em 3,5%, como há 18 semanas, mesmo percentual para 2026, por 21 boletins seguidos.
No que toca ao critério de preços administrados, a previsão do IPCA para este ano também apresentou recuo (pela oitava semana consecutiva) de 9,18’% para 9,16%, ao passo que para 2024, esta foi reduzida de 4,43% para 4,42% (terceira queda seguida). Para 2025, houve retração de 3,99% para 3,96%, enquanto que para 2026, a estimativa foi mantida em 3,50% (há 18 semanas).
Também conhecido como ‘inflação de aluguel’, a aposta do mercado financeiro para o IGP-M em 2023 ‘deslizou’ de -3,55% para -3,54%, em contraponto com a de 2024, que cresceu de 4,07% para 4,09%, e aquelas para 2025 e 2026, mantidas em 4,0%.
Nova queda do PIB – Assim como o IPCA para este ano, o prognóstico do Focus para o PIB voltou a cair (era de 2,89% há duas semanas), de 2,85% para 2,84%, enquanto que para 2024, este continuou em 1,5%, como há dez semanas. Também estáveis ficaram as projeções para 2025 e 2026, em 1,93% e 2%, respectivamente.
Selic sem alteração – Sem qualquer alteração permaneceu a previsão da taxa básica de juros (Selic) para os próximos anos, começando por 2023 (11,75% ao ano); 2024 (9,25% ao ano); 2025 (8,75% ao ano) e 2026 (8,5% ao ano).
No plano cambial, o dólar continuou em R$ 5 para este ano; assim como em R$ 5,05 para 2024; e em R$ 5,10 para 2025, em R$ 5,18 para 2026.
Como há oito semanas, a projeção de resultado primário para este ano foi mantida em um déficit de 1,10% do PIB; -0,80% do PIB para 2024; -0,60% do PIB para 2025; mas se agravou para 2026, ao crescer de -0,45% do PIB para -0,50% do PIB.
No que toca às contas públicas, a estimativa do mercado mostrou deterioração para a dívida líquida do setor público neste ano, que avançou de 60,83% do PIB para 61,0% do PIB; assim como para 2024, que subiu de 63,88% do PIB para 63,90% do PIB; e aumentou de 65,95% do PIB para 66,10% em relação a 2025. Para 2026, esta se manteve em 67,75% do PIB.
Em relação às contas externas, o prognóstico para 2023 mostrou um ‘salto’ de US$ 77,0 bilhões para US$ 83,05 bilhões da balança comercial, consolidando a oitava alta semanal; passou de US$ 63,65 bilhões para US$ 69,0 bilhões no que se refere a 2024, como também subiu de US$ 63,90 bilhões para US$ 65,0 bilhões para 2025. Para o ano seguinte, a expectativa recuou de US$ 60,6 bilhões para US$ 60,59 bilhões.
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