Entrevista de emprego com acompanhante: a nova estratégia da Geração Z.

O mercado de trabalho está em constante evolução, e uma das transformações mais notáveis vem com a entrada da Geração Z. Esses jovens, nascidos a partir de meados dos anos 90, estão começando a fazer sua marca no mundo profissional. Contudo, eles não estão sozinhos nessa jornada – muitos estão levando seus pais para as entrevistas de emprego, uma prática que está redefinindo as normas tradicionais de recrutamento.

Pais nas entrevistas?

Um estudo da Intelligent, revista on-line universitária, descobriu que aproximadamente 20% dos empregadores já se depararam com pais acompanhando seus filhos em entrevistas de emprego para posições de recém-formados. Isso sugere que a nova geração não está apenas mostrando seus diplomas, mas também trazendo uma força de apoio familiar.

Segundo a pesquisa realizada em dezembro de 2023, que entrevistou 800 gerentes e executivos nos EUA, existe uma tendência de preferir candidatos mais experientes. Isso deve-se, em parte, a percepções sobre a geração Z, como dificuldades de contato visual e vestimenta inadequada em entrevistas, conforme relatado pelo Business Insider. Além disso, 50% dos recrutadores mencionaram que as expectativas salariais dos jovens são mais altas do que o oferecido para posições iniciais.

Desafios da geração Z no ambiente de trabalho

Mesmo após serem contratados, jovens profissionais da geração Z são vistos como desafiadores no ambiente de trabalho. Muitos empregadores acreditam que eles têm problemas em gerenciar a carga de trabalho e tendem a se ofender facilmente.

Há também preocupação com a falta de preparo para o mercado de trabalho, evidenciada por dificuldades em receber feedback e carência de habilidades de comunicação.

Empresas notáveis como PWC, Deloitte e KPMG observaram que candidatos da geração Z, que se formaram durante a pandemia, realmente mostram lacunas nessas habilidades de comunicação e etiqueta profissional. Como resposta, essas empresas estão oferecendo treinamentos adicionais para desenvolver essas competências.

Além disso, um cenário preocupante é revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) – Educação de 2022 no Brasil, onde 20% dos jovens entre 15 e 29 anos estão desengajados tanto do ambiente educacional quanto profissional, formando a chamada “geração nem-nem”. Isso reflete uma necessidade urgente de abordagens mais inclusivas para integrar esses jovens ao mercado de trabalho e à educação.