Automobilística
Mistério revelado: afinal, a gasolina tem ou não prazo de validade definido?
Substância vital para o funcionamento de veículos também sofre com a ação do tempo.
Muita gente não sabe disso, mas a gasolina pode estragar! Segundo especialistas, caso o produto seja mantido em um reservatório adequado, sem contato com calor ou ar, ele pode durar de seis meses até um ano. Mas, se o combustível for exposto a oxigênio, umidade ou agentes contaminadores, o tempo se reduz para um a três meses.
Isso ocorre porque a gasolina não é uma substância sólida, mas sim uma junção de diversos tipos de hidrocarbonetos distintos, ou seja, moléculas compostas por carbono e hidrogênio. O líquido também apresenta etanol, destinado a melhorar sua qualidade. (Aqui no Brasil, 27% da gasolina é puro álcool, por exemplo).
Por que esse combustível estraga?
Compreender a composição do produto é essencial para entender como ele pode se estragar. Uma das razões para isso reside na oxidação. Assim, o combustível conta com uma série de insumos químicos em sua fórmula, chamados alcenos (hidrocarbonetos com duas ligações entre os átomos de carbono).
Por sua vez, tais elementos interagem constantemente com o oxigênio, e isso forma uma meleca capaz de entupir o motor do veículo e prejudicar sua performance, causando também um odor horrível que pode ser facilmente sentido pelo motorista.
Enquanto isso, hidrocarbonetos mais leves são os primeiros a entrar em combustão, o que acontece quando o condutor gira a chave de ignição. No processo, eles evaporam e são consumidos na hora, e é por essa razão que é bem mais difícil dar a partida quando o tanque está repleto de gasolina velha.
Agora, falando sobre o etanol, ele também traz outro problema quanto à validade. Por ser uma substância hidrofílica, que possui afinidade com a água, o álcool acaba absorvendo a umidade presente no ar. Isso faz com que a presença de água corroa a estrutura do reservatório de abastecimento do carro.
Resumindo, assim que entra em contato com o ambiente externo, a gasolina inicia um processo de degradação. Por sorte, é possível retardá-lo com a adição de estabilizantes capazes de combater a oxidação, mas mesmo assim o tempo de vida útil do produto não seria maior que dois ou três anos.
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