Estudo mostra: como usar a IA para turbinar sua eficiência e criatividade no trabalho?

Desde o lançamento do ChatGPT, a Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma ferramenta que não só chegou para ficar, mas também para revolucionar o modo como trabalhamos.

Empresas e desenvolvedores estão explorando cada vez mais o potencial dessa tecnologia, trazendo-a para o ambiente de trabalho com o objetivo de tornar os processos mais eficientes e liberar os funcionários para se dedicarem a tarefas que exigem criatividade e estratégia.

Um estudo sobre IA no local de trabalho

François Candelon, do Boston Consulting Group, liderou um estudo para descobrir como a IA pode ser melhor utilizada no ambiente de trabalho. Em colaboração com acadêmicos de instituições renomadas, como Harvard e MIT, Candelon projetou e realizou um experimento com funcionários reais para testar a eficácia da IA em tarefas específicas.

O estudo envolveu 750 funcionários em uma tarefa que simulava um desafio real do cotidiano corporativo: inovar na criação de um novo conceito de calçado para mercados pouco explorados. Essa tarefa exigia que os participantes gerassem ideias criativas, as apresentassem aos superiores, elaborassem perguntas para um grupo focal e desenvolvessem uma campanha nas redes sociais.

Resultados reveladores

Os resultados, compartilhados por Candelon em um podcast do Wall Street Journal, foram esclarecedores. No aspecto da inovação e geração de ideias, os funcionários que utilizaram IA apresentaram desempenho superior aos que não a utilizaram. No entanto, a tecnologia mostrou limitações quando o assunto era resolver problemas complexos, onde a capacidade humana ainda se sobressai.

Curiosamente, os funcionários que estavam abaixo da média em desempenho se beneficiaram significativamente da IA, melhorando sua eficiência no trabalho. Isso destacou uma diferença crucial entre a IA analítica, que é altamente lógica, e a IA generativa, que se destaca na inovação e na criação de novas ideias.

A visão para o futuro

Candelon enfatizou que o futuro não verá humanos substituídos por máquinas, mas sim por humanos que souberem utilizar a IA a seu favor. Ele sugere uma abordagem na qual o trabalho é feito primeiro e a IA é usada posteriormente para aprimorá-lo, maximizando os pontos fortes da tecnologia.