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Saúde

Por que a ciência não recomenda colocar gelo na lesão

Entenda por que a ciência não recomenda mais o uso de gelo em lesões agudas. Conheça os protocolos atuais de tratamento e as evidências científicas.

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O uso de gelo para tratar lesões agudas sempre foi um conselho comum, mas será que isso realmente ajuda na recuperação?

Pesquisadores e especialistas estão revisando essa prática, sugerindo que o gelo pode não ser tão benéfico quanto pensávamos.

Inflamação: um processo natural

A inflamação é uma resposta natural do corpo a lesões. Envolve uma série de eventos biológicos que visam reparar os tecidos danificados.

Inicialmente, os vasos sanguíneos se contraem para evitar a perda de sangue, seguidos pela vasodilatação, que permite que substâncias e células imunes cheguem à área afetada para iniciar o processo de cicatrização.

Mudanças nos protocolos de tratamento

Antes, o protocolo RICE (repouso, gelo, compressão e elevação) era amplamente utilizado para tratar lesões agudas. No entanto, novos protocolos, como o POLICE (proteção, carga adequada, gelo, compressão e elevação) e o PEACE and LOVE (proteção, elevação, evitação de anti-inflamatórios, compressão, educação, carga, otimismo, vascularização e exercício), estão surgindo, questionando a eficácia do gelo no tratamento.

Por que evitar o gelo?

Estudos sugerem que o gelo pode retardar o processo de cicatrização, interferindo na vasodilatação necessária para a chegada de substâncias essenciais à área afetada. Além disso, o gelo pode promover processos de recuperação ruins e fibrose, tornando o tecido mais suscetível a novas lesões.

Evidências científicas e opiniões de especialistas

Pesquisas indicam que o gelo e os anti-inflamatórios podem ter efeitos adversos sobre o metabolismo do tecido, o fluxo sanguíneo e a inflamação, prejudicando o processo de cicatrização. Até mesmo o próprio criador do protocolo RICE, Gabe Mirkin, reconheceu que o gelo retarda a cicatrização.

Alternativas e recomendações

O protocolo PEACE and LOVE sugere evitar o uso de anti-inflamatórios, incluindo o gelo, e enfatiza a proteção, a elevação e a educação sobre a lesão. Além disso, é recomendado consumir alimentos ricos em ômega-3 e vitamina C para auxiliar na recuperação.

Embora o uso de gelo para tratar lesões agudas seja uma prática comum, as evidências científicas estão questionando sua eficácia. Seguir os protocolos atuais, como o PEACE and LOVE, e buscar orientação médica ou fisioterapêutica para lesões graves pode ser mais benéfico para a recuperação adequada dos tecidos lesionados.

Esta matéria contém informações de The Conversation.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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