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Economia

Argentina e México atrasam reunião da diretoria do BID para escolha de novos vice-presidentes

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México e Argentina pressionaram para adiar uma importante reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para depois das eleições presidenciais de 3 de novembro nos Estados Unidos, postergando os planos do novo presidente do BID de instalar sua lista de vice-presidentes de países menores.

A reunião de quarta-feira do conselho de 14 membros do BID foi adiada abruptamente a pedido da Argentina e do México, informou a assessoria de imprensa do BID, acrescentando que a maioria do conselho apoiou os três indicados de Honduras, Equador e Paraguai.

Nenhuma nova data foi publicada no site do banco.

México e Argentina querem esperar até depois das eleições norte-americanas para votarem, com base no fato de que o apoio ao presidente do BID, Mauricio Claver-Carone, o primeiro cidadão dos EUA a chefiar a instituição credora regional, pode desaparecer se o presidente dos EUA, Donald Trump, perder a disputa à reeleição, disse uma autoridade familiarizada com o assunto.

O candidato democrata à presidência, Joe Biden, que lidera as pesquisas eleitorais nacionais contra Trump, se opôs à indicação de Claver-Carone por Trump, e fontes próximas ao ex-vice-presidente dizem que ele poderia tentar destituir Claver-Carone do posto se eleito. Os Estados Unidos são o maior acionista do banco.

Não está claro se Argentina e México buscarão adiar a votação das indicações para depois de 20 de janeiro, quando o próximo presidente será empossado.

Os dois países também se opuseram à candidatura de Claver-Carone, ex-conselheiro de Trump, eleito para a principal instituição financeira da América Latina no mês passado.

Claver-Carone nomeou Reina Irene Mejia, executiva-chefe do Citi de Honduras, para o segundo cargo do BID, junto com o ex-ministro das Finanças do Paraguai Benigno Lopez para servir como vice-presidente de setores, e Richard Martinez, ex-ministro da Fazenda do Equador, como vice-presidente de países, de acordo com fontes familiarizadas com os planos.

Nenhum comentário imediato de Claver-Carone foi emitido. De acordo com o Jornal “La Nacion”, ele teria mencionado que apenas o México e a Argentina queriam atrasar a votação, e a instituição deve se concentrar em seu papel principal de instituição credora.

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