Mudanças significativas nas regras afetam influenciadores de finanças: veja o impacto

O cenário dos influenciadores financeiros nas redes sociais tem passado por significativas mudanças, especialmente com a implementação das novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Essas normas, em vigor há cinco meses, têm gerado discussões e preocupações entre os agentes de mercado, influenciadores e representantes de empresas. Vamos explorar mais detalhes sobre essas novas regulamentações e como elas estão moldando o panorama dos influenciadores financeiros nas redes sociais.

Desafios e tensões

Desde a implementação das novas normas da Anbima, tanto influenciadores quanto empresas têm enfrentado desafios significativos. A falta de clareza e orientação sobre as regras tem gerado angústia entre os criadores de conteúdo, que se sentem perdidos em relação ao que podem ou não divulgar em suas plataformas.

Por outro lado, as empresas estão preocupadas com a falta de diretrizes para avaliar a conformidade dos conteúdos produzidos pelos influenciadores.

O papel da Anbima

A Anbima desempenha um papel fundamental na definição das novas regras para influenciadores financeiros. Em novembro do ano passado, a Associação publicou suas normas para a contratação desses profissionais, estabelecendo diretrizes claras para parcerias e publicidade de produtos e serviços de investimentos.

No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por regular o mercado de capitais, ainda não emitiu suas próprias regras, o que tem gerado expectativa e ansiedade no setor.

Novas orientações para influenciadores

Diante da crescente demanda por orientação, a Anbima lançou a página “Tá na rede”, um guia de boas práticas para influenciadores financeiros.

Nesse espaço, os criadores de conteúdo podem encontrar informações sobre linguagem adequada, certificações necessárias e outras orientações relevantes para produzir conteúdos em conformidade com as normas vigentes.

Certificações necessárias

Uma das principais mudanças para os influenciadores financeiros é a necessidade de possuir certificações específicas para atuar no mercado de capitais.

Dependendo do tipo de conteúdo produzido, essas certificações podem incluir o CNPI, AI, CPA-20, CEA, CFP e PQO. Essas qualificações são essenciais para garantir que os influenciadores tenham o conhecimento necessário para oferecer informações precisas e confiáveis aos seus seguidores.

Portanto, o cenário dos influenciadores financeiros nas redes sociais está passando por uma transformação significativa com a implementação das novas regras da Anbima e a expectativa das regulamentações da CVM.

Embora essas mudanças tragam desafios, elas também representam uma oportunidade para promover maior transparência e credibilidade no mercado de capitais.

A orientação fornecida pela Anbima e outras entidades é fundamental para ajudar influenciadores e empresas a se adaptarem a esse novo cenário e garantir uma atuação responsável e ética nas redes sociais.

Esta matéria contém informações de Valor Investe.