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Índia começa a fazer ‘frente’ à China na atração de empresas e investimentos

Países asiáticos ‘brigam’ pela liderança na Região.

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A geopolítica internacional pode ser comparada a uma roda gigante e quem um dia esteve embaixo poderá alcançar o topo em breve. É o caso, por exemplo, da Índia, que já ultrapassou a China no número de habitantes – são 1,428 bilhão de pessoas contra 1,425 do país de Xi Jinping.

O próximo passo é captar novas empresas para que estas se instalem dentro de suas fronteiras e isso não é uma tarefa tão difícil assim, dado ao baixo crescimento econômico reportado pela China e barreiras políticas e empresariais que o país vizinho está implementando e, assim, desagradando os conglomerados internacionais, com destaque para as empresas de tecnologia.

Nesta semana o megaempresário Elon Musk anunciou a intenção de construir uma fábrica da Tesla na Índia, aproveitando as isenções oferecidas e a mão-de-obra barata. Este é, também, um jeito de pressionar a China quanto ao endurecimento de suas leis empresariais.

Outras big techs já transferiram, nos últimos anos, parte de suas operações na Ásia para a Índia, pois relatórios de bancos de investimentos e projeções econômicas se mostram pouco otimistas em relação à China. É o caso da Apple que pode, em breve, transferir toda a sua operação.

E as razões estão para além daquilo que acontece dentro das fronteiras do país governado por Xi Jinping. A afinidade do líder do Partido Comunista com o presidente Vladimir Putin, da Rússia – nação em guerra com a Ucrânia – deixa a situação ainda mais delicada.

Índia X China

Acontece que o Ocidente, capitaneado pelos EUA, implementou uma série de sanções à Rússia, mas como a China é um grande parceiro comercial – e país consumidor – Putin tem conseguido se sobressair economicamente, mesmo com tantos bloqueios às suas operações comerciais ao redor do globo.

Outro ponto de conflito diz respeito à Taiwan, a pequena ilha independente, aos olhos do Ocidente, mas pertencente à China, na visão dos chineses. O país é um forte produtor de semicondutores, tem parceria comercial com os EUA, bem como proteção do Tio Sam, e respira ameaças de invasão – ou anexação – pelo país vizinho.

Vale lembrar, ainda, que o Parlamento de Hong Kong aprovou por unanimidade, em março, um projeto de lei de segurança nacional que endurece as penalidades para crimes de traição, sedição ou espionagem. Críticos argumentam que essa legislação ameaça ainda mais as liberdades dos cidadãos do território governado pela China.

Relações bilaterais

A Índia, por sua vez, está cada vez mais aberta às relações bilaterais. Duas semanas atrás o país firmou um acordo de livre comércio com os quatro membros da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), que não fazem parte da União Europeia (UE), no valor de 100 bilhões de dólares (91,4 bilhões de euros).

O objetivo do acordo é promover o investimento e as exportações. Consequentemente, a EFTA – composta pela Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein – planeja investir 100 bilhões de dólares ao longo de 15 anos na Índia, a quinta maior economia do mundo, afirmou o ministro do Comércio indiano, Piyush Goyal.

Cabe mencionar, também, que a Índia tem uma mão-de-obra cada vez mais qualificada em tecnologia, além de empresas de ponta, e esse segmento tem despontado no mundo dos negócios.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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