Plataformas Digitais: Professores fazem mobilização nesta segunda

Os professores da rede pública estadual de São Paulo iniciam nesta segunda-feira (13) uma mobilização contra o uso de plataformas digitais nas escolas. No ano anterior, o governo estadual implementou um sistema educacional baseado em aplicativos, que inclui conteúdos e atividades pré-determinadas.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) argumenta que esse método retira a autonomia dos professores e convocou os profissionais a não utilizarem as plataformas durante a próxima semana. Entretanto, o sistema registra se o material foi ou não utilizado em sala de aula, e o acesso à plataforma é considerado um dos critérios para avaliar escolas e profissionais.

O presidente da Apeoesp, Fábio Moraes, critica a padronização imposta pelo aplicativo em uma rede tão diversificada como a de São Paulo, enfatizando que o sistema notifica a direção escolar caso um professor não siga as diretrizes da plataforma, obrigando o diretor a intervir. Além disso, ele aponta que o método praticamente exclui o uso de livros didáticos e limita a busca por abordagens alternativas de ensino em sala de aula.

Plataformas Digitais

Em relação à qualidade do material didático, Moraes destaca que continuam a existir críticas em relação aos conteúdos fornecidos pela Secretaria de Educação. Ele afirma que há alternativas melhores disponíveis e defende a liberdade dos professores para escolherem os recursos mais adequados para o ensino.

Este ano, o governo de São Paulo anunciou o uso de inteligência artificial na elaboração do material didático para a rede estadual, visando aprimorar as aulas já produzidas por curriculistas. Entretanto, a mobilização contra as plataformas digitais levanta questionamentos sobre a eficácia e a autonomia no processo educacional. A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação para comentar sobre a mobilização, mas aguarda resposta.

(Com Agência Brasil).