Portugal: Policial que agrediu brasileiro em Lisboa será investigado

Duas semanas atrás, um brasileiro que reside em Portugal e trabalha como motorista de Tuk-Tuk em Lisboa foi agredido por um policial português, que desferiu uma cabeçada no trabalhador. Por conta disso, o Ministério da Administração Interna do país abriu investigação contra o agente da lei.

Uma nota divulgada pelo Ministério no final da tarde de ontem explicou que a decisão de instaurar um processo ocorreu após a Inspetora-Geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, consultar o presidente da Câmara de Lisboa.

O incidente de agressão por parte de um membro das forças municipais contra o condutor, ocorrido próximo ao Cais das Colunas, foi capturado em vídeo por um celular e amplamente divulgado nas redes sociais e nos meios de comunicação, conforme destacado no documento.

No dia 31 de maio, a vereadora do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara de Lisboa exigiu ao presidente da autarquia a abertura de um inquérito sobre a agressão cometida por um polícia municipal contra o condutor de um ‘tuk-tuk’.

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Portugal

Um vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter) mostra um agente da Polícia Municipal de Lisboa correndo em direção a um condutor de ‘tuk-tuk’, acompanhado por outro agente, e desferindo-lhe uma cabeçada.

O polícia grita com o jovem e, quando outro jovem aponta o dedo na sua direção, ele diz: “Tira-me o dedo da cara, tira-me o dedo da cara, tira-me o dedo da cara, tu, pá”.

“Documentos para cá”, ordena o agente ao condutor, estacionado antes da passadeira de peões entre a Praça do Comércio e o Cais das Colunas, e pouco depois reitera sua exigência pelos documentos.

Os dois polícias posicionam-se à frente do jovem, que levanta os braços, e o mesmo agente desfere outra cabeçada e empurra-o para os bancos dianteiros do ‘tuk-tuk’.

Brasileiros

A comunidade brasileira em Portugal é a mais volumosa entre os imigrantes, com quase 400 mil residentes. Muitos deixam o Brasil em busca de uma vida melhor, de trabalho e de segurança, por conta da alta taxa de criminalidade no país de origem. Outros vão em busca de educação superior em universidade europeia.