Economia
Leilão de arroz não é necessário por enquanto, diz ministro
Os preços do produto estão em queda.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou ontem que não há, no momento, necessidade de o governo realizar um novo leilão para a compra de arroz importado. Ele explicou que os preços do produto já estão em queda, após uma alta provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
“O arroz já deu grandes demonstrações de queda de preço, com o arroz agulhinha de cinco quilos sendo vendido até abaixo de R$ 20 em algumas regiões. Isso ajuda no controle da inflação. Portanto, neste momento, não vejo necessidade de outro leilão de arroz, mas sim de estimular a produção,” declarou Fávaro, após o lançamento do Plano Safra para a agricultura empresarial, no Palácio do Planalto.
No mês passado, o governo realizou um leilão público para a compra de arroz importado, mas a licitação foi anulada devido a questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras.
Leilão de arroz
O ministro destacou que o edital para um novo leilão está pronto e poderá ser retomado se houver nova alta de preços.
“Se os preços voltarem a subir sem justificativa, podemos tomar medidas, incluindo um novo leilão, mas acredito que encontraremos alternativas que não envolvam o leilão,” afirmou Fávaro.
A compra pública de arroz tem como objetivo garantir o abastecimento e estabilizar os preços no mercado interno, que subiram até 100% após as inundações no Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. O estado responde por cerca de 70% da produção de arroz no país.
Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que a decisão sobre a realização da compra pública cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ontem, o governo lançou o Plano Safra 2024/2025 para o financiamento da agropecuária empresarial, totalizando R$ 400,59 bilhões em recursos. Também foi lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
(Com Agência Brasil).
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