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Flagrada! Mulher perde emprego em home office após atitude inusitada

Trabalhadora nos EUA mentia sobre a internet para não precisar fazer suas tarefas profissionais.

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Há alguns dias, um caso que gerou grande repercussão nas redes sociais foi o de Ashley Williams, funcionária estadunidense que, ao sentir desmotivação no trabalho remoto, decidiu desligar sua conexão Wi-Fi sempre que não queria cumprir as obrigações laborais.

Com vídeos dessa situação se espalhando pelo TikTok, acumulando mais de 800 mil visualizações, o público ficou dividido entre críticas e apoio à ex-funcionária.

Williams, que atuava como agente de atendimento, descreveu sua experiência de trabalho em home office como extremamente exaustiva, afirmando que as ligações eram incessantes e desgastantes.

Em algumas ocasiões, buscando uma forma de escapar do trabalho, ela enviava prints de sua tela ‘offline’ ao chefe, alegando problemas de conexão.

Porém, seu plano foi descoberto quando decidiu desviar das obrigações para ir a uma pizzaria com a família. Após a checagem com o provedor de internet, a empresa tomou a decisão de demiti-la.

As reações nas redes sociais foram polarizadas. Enquanto alguns internautas criticaram a atitude de Ashley, apontando que ela arriscou seu emprego por uma pizza, outros questionaram a atitude do chefe em contatar a companhia de internet, considerando-a exagerada.

Em vez de trabalhar, mulher foi comer pizza sem imaginar que seu chefe entraria em contato com a provedora de internet – Imagem: reprodução

Direitos e deveres no home office: o que diz a lei?

A situação de Ashley Williams levanta questionamentos importantes sobre a legalidade do monitoramento das atividades dos funcionários em regime home office.

Gilson de Souza Silva, advogado trabalhista, explica que a fiscalização das atividades do empregado, especialmente quando se utiliza equipamentos da empresa, é um direito do empregador, ao menos no Brasil.

Durante o expediente, o funcionário deve estar à disposição da empresa, e a fiscalização pode incluir a navegação na internet.

Silva destaca que, para uma supervisão ser considerada legítima, os colaboradores devem ser informados sobre as normas internas de monitoramento.

O uso de equipamentos pessoais para o trabalho, por sua vez, complica a questão, uma vez que dirigi-la sem o consentimento do funcionário poderia violar seu direito à privacidade.

Caso a empresa descubra que um trabalhador não está cumprindo suas funções adequadamente, pode, sim, proceder com uma demissão por justa causa.

Segundo o artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a conduta de Ashley se configura como ato de improbidade, que inclui desonestidade e fraude.

Esse tipo de conduta, evidenciada durante o expediente, possibilita o desligamento por justa causa, permitindo que a empresa proteja seus interesses e sua produtividade.

O caso de Ashley Williams não é apenas uma história de descontentamento profissional, mas também um alerta sobre as implicações legais da conduta de funcionários em home office.

Com a crescente tendência do trabalho remoto, é fundamental que tanto empregadores quanto empregados compreendam seus direitos e deveres, especialmente em relação ao monitoramento e à honestidade nas relações laborais.

A situação ressalta a importância de um diálogo claro e regras bem-definidas para garantir um ambiente laboral saudável e produtivo, mesmo à distância.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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