Empresas
Brasil Mais Produtivo mira digitalização de empresas
Capacitação de microempreendedores individuais.
O governo federal lançou, dia 23, a terceira fase do programa “Brasil Mais Produtivo”, com o objetivo de aumentar a competitividade das micro, pequenas e médias empresas brasileiras. O evento contou com a presença do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A nova fase do programa visa digitalizar 200 mil indústrias até 2027, com foco na transformação digital e na inovação. O Sebrae, parceiro da iniciativa, será responsável pela capacitação de microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas (MPE), integrando os esforços nacionais nesse sentido.
Com um investimento superior a R$ 2 bilhões, a ação faz parte do programa Nova Indústria Brasil, lançado em janeiro deste ano. Durante o evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alckmin ressaltou que a digitalização das empresas visa promover o crescimento através de ganhos de produtividade e redução de custos.
Além do Sebrae, o programa conta com o apoio de diversas instituições, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Brasil Mais Produtivo
O Sebrae desempenha um papel central no projeto, sendo responsável por diagnosticar as necessidades das empresas, propor melhorias e disponibilizar Agentes Locais de Inovação (ALI) para acompanhar as empresas por até seis meses. Além disso, o Senai será contratado para colaborar na melhoria dos processos produtivos dessas empresas. Segundo Bruno Quick, presidente em exercício do Sebrae Nacional, o objetivo é garantir que as políticas públicas de desenvolvimento industrial alcancem as empresas de forma eficiente, promovendo uma economia mais equilibrada e inclusiva.
A nova fase do “Brasil Mais Produtivo” também inclui a criação de “fábricas inteligentes”, com investimentos de R$ 160 milhões em tecnologias ligadas à Indústria 4.0. Essas tecnologias, como sensores digitais, computação em nuvem, Big Data, Internet das Coisas (IoT), impressão 3D e inteligência artificial, serão aplicadas para resolver problemas de produtividade em pequenas indústrias. A parceria entre a Finep e o BNDES pretende apoiar 360 projetos, beneficiando até 8,4 mil empresas de pequeno e médio porte. Kelly Sanches, coordenadora de Indústria e Cadeias Setoriais do Sebrae, afirmou que o programa será fundamental para inserir a pequena indústria brasileira no contexto da transformação digital e aumentar sua produtividade.
Além disso, o papel estratégico dos municípios na difusão dessas iniciativas foi destacado, com o Sebrae atuando diretamente em 2,6 mil cidades por meio das Salas do Empreendedor, que contam com o apoio de prefeituras e entidades empresariais. A importância do Sebrae para o avanço do empreendedorismo nos 645 municípios paulistas também foi enfatizada por Dalva Christofoletti, representante da Associação Paulista de Municípios.
(Com Agência Sebrae).
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