Conecte-se conosco

Tecnologia

Carros voadores: quanto custará viajar em um eVTOL no Brasil?

Os eVTOLs devem superar desafios de infraestrutura para operar em cidades brasileiras.

Publicado

em

Os carros voadores, oficialmente chamados de eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical), estão se aproximando da realidade nas grandes cidades brasileiras.

Diante dessa nova realidade, muitos já se perguntam: quanto custará a passagem desse novo meio de transporte e quais desafios as empresas deverão enfrentar para torná-lo viável em larga escala?

Carros voadores: preços das passagens e demais desafios

Ainda não há consenso entre as companhias aéreas sobre o preço das passagens de eVTOLs. A expectativa inicial é que um voo de até 30 quilômetros custe cerca de US$ 100, mas Sergio Quito, da Gol, avisa que esse valor pode não ser viável no início das operações.

Para manter esse preço, as aeronaves precisariam operar pelo menos 12 horas por dia, o que não parece possível. Portanto, projeta-se que o valor inicial das passagens poderá ser maior.

Além disso, a infraestrutura necessária para a operação eficiente dos eVTOLs, como os vertiportos, representa um desafio. Um vertiporto capaz de realizar 12 operações por hora requer aproximadamente 1 megawatt de energia, o que é complicado em áreas urbanas densas. Quito afirma que a construção dessa infraestrutura demandará anos.

Rogerio Andrade, CEO da Avantto, prevê que as rotas iniciais dos eVTOLs conectarão centros financeiros, como a Avenida Faria Lima em São Paulo, a aeroportos próximos, cobrindo distâncias de cerca de 30 quilômetros em um tempo estimado de 10 minutos.

Andrade sugere que, com o tempo e a evolução do mercado, o preço da passagem poderia cair para US$ 50 (aproximadamente R$ 260) para um modelo com cinco assentos e pilotagem autônoma.

Estima-se que até 2040, o mercado de eVTOLs no Brasil, especialmente em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, possa gerar uma receita impressionante de US$ 7,3 bilhões (cerca de R$ 37,6 bilhões).

Com o crescimento das operações, a previsão é de que, na região metropolitana paulista, cerca de 850 mil passageiros utilizem este modo de transporte até 2025.

A companhia aérea Azul, por sua vez, mira um público de alta renda, especialmente aqueles que já utilizam helicópteros para viagens rápidas.

Camilo de Oliveira, responsável pelas relações institucionais da Azul, explica que as operações com eVTOLs deverão ter início entre 2028 e 2030, em parceria com a fabricante Lilium, que permite voos de até 150 quilômetros de alcance, atendendo cidades do interior e litoral de São Paulo.

Entretanto, a operação no Rio de Janeiro pode ser um pouco mais complicada no início. As rotas previstas para o estado são mais curtas, e o foco provavelmente estará em locais como Paraty.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

Publicidade

MAIS ACESSADAS