Braskem: MPF investiga novo vazamento em Maceió

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Braskem (BRKM5) esclarecimentos a respeito de um possível vazamento de substância não identificada na Laguna Mundaú, nas proximidades da Mina 18, que colapsou em dezembro de 2023, em Maceió, Alagoas. A medida foi tomada após a circulação de um vídeo nas redes sociais, enviado por um morador da região ao MPF, que mostrava manchas suspeitas na água.

O pedido de informações foi formalizado na última terça-feira, 1º de outubro, e também inclui notificações ao Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), à Agência Nacional de Mineração (ANM), à Defesa Civil de Maceió e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As instituições têm um prazo de 48 horas para fornecer detalhes sobre os possíveis impactos ambientais, a origem do vazamento e eventuais riscos de colapso em outras áreas.

O MPF ainda requisitou ao IMA a coleta e análise do material encontrado na Laguna Mundaú. As notificações fazem parte do cumprimento de um acordo socioambiental firmado em 2019 entre o MPF e a Braskem, que visa a recuperação, compensação e mitigação dos danos causados pela exploração de sal-gema no município.

Braskem (BRKM5)

Em nota, a Braskem afirmou que os seus sistemas de monitoramento geotécnico e ambiental não registraram variações incomuns na área da cavidade 18 e que inspeções de campo não encontraram indícios de substâncias estranhas ou oleosas na lagoa. A empresa garantiu que seguirá monitorando a região com equipes especializadas e que prestará as informações solicitadas pelo MPF dentro do prazo estipulado.

Esse incidente traz à tona novamente as preocupações sobre os impactos ambientais gerados pela atividade de mineração da Braskem em Maceió, cujas consequências já resultaram em deslocamento de moradores e danos estruturais na cidade.