Mercado financeiro eleva projeção de expansão da economia

O mercado financeiro elevou suas expectativas para o crescimento econômico e a inflação de 2024. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central dia 14, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,01%, ligeiramente acima da projeção anterior de 3%. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada para 4,39%, ante 4,38% da semana passada.

Para 2025, o Boletim manteve a previsão de crescimento do PIB em 1,93%, com expectativas de 2% para 2026 e 2027. Em 2023, a economia cresceu 2,9%, superando estimativas anteriores.

A inflação projetada para 2025 foi reduzida para 3,96%, com expectativas de 3,6% e 3,5% para 2026 e 2027, respectivamente. Embora a estimativa para 2024 esteja acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ela ainda se mantém dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, com limites entre 1,5% e 4,5%.

Com relação à taxa básica de juros, a Selic, a previsão é que ela encerre 2024 em 11,75%. Para 2025, a expectativa é de 11%, caindo para 9,5% e 9% em 2026 e 2027, respectivamente. O Banco Central utiliza a Selic como principal ferramenta para controlar a inflação, ajustando-a conforme as condições econômicas. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para 5 e 6 de novembro, com possibilidade de um novo aumento na taxa.

Por fim, a previsão para o câmbio é que o dólar encerre 2024 e 2025 cotado a R$ 5,40, com ligeira queda para R$ 5,30 em 2026 e 2027.

Boletim Focus

O Boletim Focus é um relatório divulgado semanalmente pelo Banco Central do Brasil, que compila as projeções de diversos economistas do mercado financeiro sobre indicadores importantes da economia, como inflação, Produto Interno Bruto (PIB), taxa de juros (Selic), câmbio, entre outros. Essas expectativas são coletadas por meio de uma pesquisa realizada com instituições financeiras, e o boletim é amplamente utilizado como referência para avaliar as tendências econômicas no curto e médio prazo, servindo de base para decisões de política monetária e análise econômica no país.

(Com Agência Brasil).