Brasileiros revelam como ensinam educação financeira aos filhos

Compreender como os pais introduzem as finanças aos filhos é essencial para entender o futuro da educação financeira no Brasil. Recentemente, uma pesquisa do PicPay elucidou essa questão, explorando as práticas financeiras de pais de todas as regiões do país.

A pesquisa, realizada entre 18 de março e 3 de abril deste ano, ouviu 1.500 pais e mães de menores de idade.

O levantamento revelou que 70% dos pais só oferecem dinheiro aos filhos quando necessário. Entretanto, a mesada ainda é um recurso utilizado por 12,5% dos entrevistados.

Outro aspecto interessante é a concessão da quantia fixa mensal, que incentiva a educação financeira dos jovens. Esses dados refletem a importância de começar cedo a ensinar finanças para crianças e adolescentes.

A importância da mesada

Pesquisa revela que 70% dos pais ensinam finanças aos filhos. – Imagem: Freepik/Reprodução

A mesada desempenha um papel crucial na educação financeira dos jovens, indo além de ser apenas uma pequena quantia. Segundo Pedro Romero, diretor de serviços financeiros do PicPay, ela incentiva a responsabilidade financeira e o hábito de poupança desde cedo.

Muitos pais, cerca de 40%, optam por dar R$ 60 mensais, permitindo aos filhos gerenciar seu dinheiro e fazer escolhas.

Introduzir as crianças ao mundo financeiro pode começar de forma lúdica. Cédulas de papel são eficazes para ensinar conceitos básicos, e cerca de 37% das crianças ganham seu primeiro cofrinho antes dos três anos. Mais da metade recebe um cofrinho até os sete anos e, gradualmente, elas evoluem para entender o dinheiro digital.

Com o avanço tecnológico, muitos pais estão aderindo a métodos de pagamento digitais. Embora 48% ainda prefiram cédulas, há uma crescente preferência por transferências, como o PIX, entre 47% dos entrevistados. Essa mudança reflete na autonomia dos jovens, pois 44% possuem contas para realizar transferências e 42% têm cartões.

Abertura de contas bancárias

À medida que os adolescentes ganham mais autonomia, especialmente após os 13 anos, é aconselhável que eles possuam contas bancárias. Isso se alinha com a fase de começarem a receber salário e aprenderem a gerenciar suas finanças de forma mais responsável.

Romero destaca que ensinar finanças aos filhos deve seguir três pilares: alfabetização financeira, comportamento e atitude. É essencial discutir finanças familiares com as crianças, como sugere Juliana Inhasz, professora do Insper. Envolver os pequenos nessas conversas os torna parte do processo e os prepara para o futuro.

Iniciar hábitos de investimento desde cedo, ainda que com pequenas quantias, é outra estratégia recomendada. O tempo está a favor das crianças, permitindo que investimentos modestos agora possam se multiplicar no futuro, promovendo uma saúde financeira sólida ao longo da vida.

*Com informações de Globo.