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Economia

Relação curiosa: o que o Big Mac revela sobre o custo de vida mundial?

O Índice Big Mac avalia o poder aquisitivo global, mostrando disparidades salariais e de compra entre países.

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Desde 1986, a The Economist utiliza o índice Big Mac como um método informal para avaliar se as moedas internacionais estão em paridade. O Big Mac possui presença global e consistência, tornando-se uma excelente ferramenta para medir o poder aquisitivo.

Devido à dificuldade de comparar salários em moedas diferentes, o hambúrguer ajuda a superar a volatilidade do câmbio. Assim, ele promove uma visão clara do custo de vida em diversos países, comparando quantos Big Macs podem ser comprados com um salário médio.

A análise MacWage, com dados de 2023 da OCDE, examina a capacidade de compra de trabalhadores em 38 países. Dividindo o salário anual pelo preço local do Big Mac, obtemos a quantidade de hambúrgueres que o trabalhador médio pode adquirir.

Situação atual dos salários Big Mac

Índice Big Mac mede salários desde 1986. Imagem: Wikimedia Commons
Índice Big Mac mede salários desde 1986. Imagem: Wikimedia Commons

Os Estados Unidos lideram em calorias disponíveis através dos salários. O trabalhador americano médio consegue adquirir até 14 mil Big Macs por ano. Isso seria suficiente para alimentar dez pessoas durante um ano inteiro com hambúrgueres.

Logo atrás estão Suíça e Dinamarca. Os mexicanos, no entanto, ocupam a última posição, podendo comprar cerca de 2.500 Big Macs com sua renda anual. O tempo de trabalho necessário para comprar um hambúrguer também varia significativamente entre os países.

Considerando as horas de trabalho, os dinamarqueses ocupam a primeira posição. Eles adquirem 8,1 hambúrgueres por hora trabalhada, seguidos pelos suíços. Os americanos caem para o terceiro lugar, com 7,4 hambúrgueres por hora.

Apenas sete minutos são suficientes para que um dinamarquês compre um Big Mac. No México, o tempo necessário é de aproximadamente 57 minutos, o que mantém o país na última posição após o ajuste por hora.

Limitações do índice Big Mac

Apesar de esclarecedor, o MacWage tem suas limitações. Na Dinamarca, os impostos sobre a renda, que chegam a 50%, não são considerados, afetando o poder real de compra. Além disso, o custo de vida, como moradia e transporte, não é refletido no preço do Big Mac.

Em países como o México, onde a moradia é barata e o fast-food é caro, o índice pode subestimar o poder de compra real. Contudo, a simplicidade e clareza do MacWage são vantajosas para uma rápida comparação global de rendas.

Jornalista formado em 1999, atua no jornal OVALE, em São José dos Campos, e na TV Câmara, também na mesma cidade. Atualmente, também produz posts para o Futebol ao Vivo, no CenárioMT, e também para o Grupo Prime.

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