Política
Filhos podem ser processados por abandonar os pais, segundo a lei
Filhos que não cuidam dos pais idosos podem responder por abandono afetivo inverso; veja o que prevê o Código Penal.
Ao longo da vida, é comum vermos pais assumindo o papel de cuidar e proteger seus filhos. No entanto, quando a terceira idade chega, essa dinâmica muitas vezes se inverte: os filhos passam a ser responsáveis por zelar pelo bem-estar de seus pais.
Mas e quando isso não acontece? No Brasil, casos de abandono afetivo inverso – quando os filhos deixam de cuidar dos pais – têm ganhado destaque e levantado questões legais.
Em julho de 2023, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) condenou um filho a pagar mais de R$ 130 mil ao pai em uma ação indenizatória.
O idoso, na época com 65 anos e diagnosticado com esquizofrenia, foi deixado em uma situação precária, sem acesso a cuidados básicos.
O caso, registrado em Mutum, no Vale do Rio Doce, trouxe à tona um debate importante sobre a responsabilidade dos filhos em cuidar dos pais na velhice.
O que diz a lei sobre abandono afetivo inverso?

A legislação brasileira é clara sobre o cuidado com os idosos. O Estatuto do Idoso e o Código Penal preveem penalidades para quem negligenciar ou abandonar pais em condições de vulnerabilidade.
- Art. 98 do Estatuto do Idoso: Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde ou instituições congêneres, privando-o de assistência, pode acarretar detenção de seis meses a três anos e multa.
- Art. 133 do Código Penal: O abandono material de pessoa incapaz, incluindo idosos, é passível de pena de seis meses a 12 anos de prisão, dependendo das circunstâncias.
Além disso, o abandono moral, previsto no Art. 247 do Código Penal, pode resultar em um a três meses de prisão ou multa.
Implicações legais
Embora o abandono afetivo inverso não seja um crime tipificado, situações como a negligência material e moral podem ser enquadradas na legislação vigente. Essas normas visam garantir que os idosos tenham acesso a cuidados essenciais, como alimentação, saúde e moradia.
Casos como o ocorrido em Minas Gerais mostram que é necessário estar atento às responsabilidades legais em relação aos pais idosos. Negligenciar ou abandoná-los pode resultar não apenas em ações judiciais, mas também em consequências mais amplas, como o comprometimento da qualidade de vida dessas pessoas.
Conhecer os direitos previstos no Estatuto do Idoso e no Código Penal ajuda a evitar complicações legais e garante que os pais recebam o cuidado que merecem.
Afinal, a proteção legal existe para assegurar que a dignidade e o respeito sejam mantidos em todas as etapas da vida.

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