Nokia e BlackBerry: o que aconteceu com as gigantes da tecnologia dos anos 2000?

Nos anos 1990 e 2000, Nokia e BlackBerry eram referências globais no mercado de tecnologia. A Nokia dominava o segmento de celulares com seus modelos robustos e duradouros, enquanto a BlackBerry se destacava entre os executivos com smartphones equipados com teclados físicos e o revolucionário e-mail push.

Entretanto, o avanço da tecnologia e a chegada de concorrentes, como o iPhone, transformaram o mercado, deixando ambas as marcas em uma posição delicada.

A trajetória da Nokia

A Nokia, ícone dos celulares nos anos 1990, atingiu o auge no início dos anos 2000 com modelos como o lendário Nokia 3310. A marca finlandesa conquistou consumidores pela durabilidade de seus aparelhos e baterias de longa duração.

Contudo, em 2007, a chegada do iPhone mudou as regras do jogo. A Nokia continuou apostando no sistema Symbian, mas a inovação trazida pela Apple e pelo Android rapidamente superou a plataforma.

Tentativas de adaptação, como o lançamento do Windows Phone, não alcançaram o sucesso esperado. Atualmente, a marca é licenciada pela empresa HMD Global, que lançou novos modelos Android voltados para o custo-benefício.

Além disso, a Nokia se posiciona como líder no mercado de infraestrutura tecnológica, fornecendo soluções para redes 5G.

O declínio da BlackBerry

A BlackBerry também teve sua era de ouro nos anos 2000, sendo indispensável para o público corporativo. Seus dispositivos combinavam segurança, design funcional e uma experiência única de comunicação. No entanto, assim como a Nokia, a BlackBerry não conseguiu acompanhar a transição para telas sensíveis ao toque e sistemas mais modernos como o iOS e o Android.

Apesar de tentativas de recuperação, como o sistema BlackBerry OS, a marca anunciou em 2016 que deixaria de fabricar smartphones. Hoje, a empresa se reinventou como fornecedora de soluções de software, com foco em segurança digital e gerenciamento de dispositivos.

Tanto a Nokia quanto a BlackBerry mostram como o mercado de tecnologia pode ser implacável. A incapacidade de se adaptar às rápidas mudanças e inovações foi decisiva para a queda dessas gigantes.

Apesar disso, ambas encontraram novas formas de se manterem relevantes, seja no mercado de software, seja na infraestrutura de telecomunicações. Um exemplo de que, mesmo após o declínio, é possível reescrever o futuro.