Tecnologia
Starlink no Brasil: quanto custa e quem realmente se beneficia dessa tecnologia?
A Starlink cresceu no Brasil e se tornou líder em internet via satélite. Mas o serviço vale o preço? Veja prós e contras.
A internet via satélite tem se tornado uma alternativa para quem busca conexão em áreas remotas ou enfrenta dificuldades com outras tecnologias, como fibra óptica e rádio.
Diferentemente das opções tradicionais, esse modelo de acesso dispensa infraestrutura terrestre extensa, sendo viabilizado por satélites de órbita baixa que enviam e recebem sinais dos usuários.
A Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, consolidou-se como líder desse mercado no Brasil e já representa 60% dos acessos à banda larga via satélite no país.
Desde que chegou ao Brasil, em maio de 2022, a Starlink tem ampliado sua base de clientes e, atualmente, acumula 313 mil acessos, de acordo com dados da Anatel de novembro de 2024.
Minas Gerais lidera o ranking de assinantes, com 38 mil usuários, seguido pelo Pará (36 mil) e São Paulo (35 mil).
A maior concentração proporcional, no entanto, está em Roraima, onde há 1.160 acessos para cada cem mil habitantes. As informações são do Teletime.
Expansão da Starlink no Brasil
A Starlink encontrou no Norte do Brasil um cenário favorável para sua expansão. Dos dez estados com maior número de acessos por população, sete estão na região.
A dificuldade de levar fibra óptica a comunidades isoladas impulsionou a adoção do serviço, que oferece conexão estável mesmo em locais com pouca infraestrutura terrestre.
Outro fator que favorece a expansão da Starlink é a crescente demanda por internet de alta velocidade em áreas rurais e cidades menores.
Enquanto grandes centros urbanos contam com diversas opções de banda larga fixa, moradores de regiões afastadas têm no serviço via satélite uma das poucas alternativas viáveis para conexão rápida e estável.
Vale o investimento?
A Starlink promete velocidades superiores às de provedores convencionais via satélite, com menor latência e maior estabilidade. No entanto, o custo ainda é um fator decisivo: o equipamento necessário para a conexão tem um valor inicial de R$ 2.400 no plano residencial, enquanto a mensalidade parte de R$ 184.
Para planos comerciais, os valores são ainda mais altos, chegando a R$ 12.830 pelo kit e R$ 5.132 mensais no pacote de 1 TB.
Para quem mora em áreas urbanas com acesso a outras tecnologias, a Starlink pode não ser a opção mais vantajosa.
Contudo, em regiões afastadas, onde há dificuldades para obter uma conexão confiável, o serviço se destaca como uma solução eficiente. Avaliar a necessidade de uso e o custo-benefício é essencial antes de tomar uma decisão.
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