Futuro dos motoristas de aplicativo está ameaçado por IAs?

A profissão de motorista de aplicativo, destacada em 2024 como uma das mais procuradas no Google, enfrenta um futuro incerto. Nos Estados Unidos, sete milhões de pessoas vivem dessa ocupação, mas Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, prevê uma mudança drástica.

Segundo ele, a próxima década trará substituições por veículos autônomos. Tais carros são vistos como mais seguros e eficientes e prometem revolucionar o setor.

Entretanto, especialistas não compartilham totalmente desse otimismo. Dados da Universidade da Califórnia indicam que, embora veículos autônomos tomem melhores decisões de segurança, eles têm suas limitações, especialmente em condições de baixa visibilidade.

A transição, portanto, será gradual. Em cidades como São Francisco e Las Vegas, experimentos já estão em andamento, mas ainda há caminhos a percorrer.

Inteligência artificial será responsável por conduzir os veículos do futuro – Imagem: reprodução/Alexandra_Koch/Pixabay

Evolução da inteligência artificial no transporte

Khosrowshahi aponta que, em 15 a 20 anos, os automóveis autônomos serão superiores aos humanos em direção. No entanto, tal transição não é imediata nem tão rápida. Desafios técnicos e regulatórios ainda precisam ser superados antes que a automação total em veículos se concretize.

Pesquisadores brasileiros, com base em modelos da Universidade de Oxford, antecipam a extinção de mais da metade dos empregos atuais no Brasil nas próximas duas décadas.

Esses profissionais terão de se adaptar ao novo mercado de trabalho e encontrar novas oportunidades para continuarem ativos. Para isso:

• Eles podem migrar para áreas integradas à inteligência artificial;

• Devem fazer capacitação em novas tecnologias;

• Precisam explorar papéis de liderança em projetos de IA.

À medida que tecnologias avançadas se tornam comuns, novas posições de trabalho surgem; outras, no entanto, desaparecem. Uma pesquisa no LinkedIn revela mais de 2 mil oportunidades no setor de IA. Assim, o segredo para sobreviver às mudanças é antecipar tendências e buscar sempre o aprimoramento profissional.

Apesar disso, a transição não será abrupta, pois o cenário aponta para uma rede híbrida, em que humanos e robôs vão trabalhar simultaneamente. Enquanto veículos autônomos ganham espaço, a adaptação e a capacitação se tornam fundamentais para garantir relevância no mercado de trabalho.