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Economia

Classe média cresce no Brasil: qual é a renda mensal desse grupo social?

Crescimento da classe média no Brasil reflete recuperação econômica, mas desigualdade social continua a ser um desafio.

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O ano de 2025 marca um momento significativo para o Brasil, com mais de 50% da população sendo reconhecida como parte da classe média. Este fenômeno não era visto desde 2015 e suscita uma análise profunda sobre as implicações sociais e econômicas.

A expansão da classe média, impulsionada pela recuperação econômica de 2024, reflete mudanças importantes na estrutura social brasileira. O estudo da Tendências Consultoria revela uma divisão clara entre as classes sociais, indicando que o crescimento econômico teve influência direta nesse aumento.

No entanto, esse crescimento não neutraliza os desafios preexistentes. Questões como desigualdade social e pobreza ainda persistem, exigindo uma abordagem cuidadosa e estratégias eficazes para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo para todos os brasileiros.

Definição das classes

A classe média brasileira é dividida em três categorias: Classe A, Classe B e Classe C. Cada grupo se diferencia principalmente pela renda mensal, conforme descrito pela Tendências Consultoria.

  • Classe A: renda superior a R$ 25,2 mil mensais.
  • Classe B: renda entre R$ 8,1 mil e R$ 25,2 mil.
  • Classe C: renda entre R$ 3,4 mil e R$ 8,1 mil.

O crescimento na renda da classe C, com um aumento de 9,5% ao ano, é especialmente notável, indicando uma ampliação no poder de compra e inclusão econômica significativa.

Implicações para o consumo

O aumento da classe média impacta diretamente o mercado de consumo. Com mais brasileiros ganhando entre R$ 3,4 mil e R$ 25,2 mil, há uma maior capacidade para a aquisição de produtos e serviços, anteriormente restritos a um grupo menor.

Esse aumento no consumo reflete-se em investimentos em setores como turismo e varejo, além de bens duráveis. A classe C, em particular, emerge como um mercado promissor para o setor privado, dinamizando a economia nacional.

Pobreza e desafios

Apesar do aumento da classe média, a pobreza e a desigualdade social permanecem preocupações centrais. Segundo o IBGE, 58,9 milhões de brasileiros vivem em situação de pobreza, com 9,5 milhões em extrema pobreza.

A concentração de renda e a falta de oportunidades continuam a dividir a sociedade. Investimentos em educação são essenciais para transformar essa realidade e criar um ciclo positivo de desenvolvimento econômico e social.

O papel da educação

A educação é fundamental para combater a desigualdade social, já que apenas investindo em ensino de qualidade o Brasil pode promover mobilidade social e melhorar as condições de vida dos mais vulneráveis.

Com um sistema educacional eficiente, é possível aumentar a inclusão digital e fortalecer a economia do conhecimento, alinhando o país com tendências globais.

Ao entrar em 2025, o Brasil se vê diante de um cenário de recuperação econômica e crescimento da classe média. Contudo, a desigualdade social ainda representa um obstáculo significativo para o desenvolvimento justo e sustentável.

Esforços coordenados em educação e políticas públicas eficazes são vitais para garantir que esse crescimento beneficie a todos os brasileiros, promovendo uma sociedade mais equitativa e próspera.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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