Tecnologia
Primeiro leilão de obras de arte feitas com IA revolta artistas
A Christie’s realiza seu primeiro leilão exclusivo de obras criadas por inteligência artificial, levantando debates sobre inovação e autoria.
A casa de leilões Christie’s anunciou um evento inédito voltado exclusivamente para obras de arte criadas com inteligência artificial (IA). O leilão, intitulado Inteligência Aumentada, reúne cerca de 20 peças que exploram a fusão entre tecnologia e criatividade, marcando um novo capítulo na história da arte digital.
A iniciativa reflete o crescimento do uso de algoritmos na criação artística, mas também levanta debates sobre direitos autorais e a originalidade dessas produções.
Um marco para a arte digital

Embora a Christie’s já tenha comercializado obras geradas por IA em eventos anteriores, essa é a primeira vez que dedica um leilão exclusivo à tecnologia.
A decisão acompanha uma tendência crescente no mercado, impulsionada pelo avanço da IA generativa. O uso de algoritmos para criar imagens complexas tornou-se mais acessível, abrindo caminho para novas formas de expressão artística.
Entre as peças leiloadas, está uma obra do artista americano Charles Csuri, datada de 1966. Considerado um pioneiro da arte computacional, Csuri foi um dos primeiros a explorar softwares para modificar esboços desenhados à mão.
A presença de sua obra no evento demonstra como a arte digital evoluiu ao longo das décadas, ganhando espaço no mercado tradicional.
Polêmicas e acusações de plágio
O entusiasmo em torno do leilão veio acompanhado de controvérsias. Uma petição online, assinada por mais de 6.300 pessoas, pede o cancelamento do evento sob a alegação de que algumas das obras foram geradas a partir de modelos de IA treinados com imagens protegidas por direitos autorais.
A crítica central é que a tecnologia estaria se apropriando do trabalho de artistas sem consentimento, o que caracterizaria um “roubo em massa” da produção humana.
A polêmica reflete uma preocupação crescente sobre a propriedade intelectual no contexto da IA. Em 2023, empresas como Midjourney e Stability AI foram processadas por artistas que alegam que suas criações foram usadas sem permissão para treinar modelos generativos.
Como as obras de IA são criadas?
As imagens geradas por IA utilizam redes neurais treinadas com milhares de referências visuais. Esses sistemas analisam padrões, estilos e composições para criar novas peças que imitam traços humanos.
No entanto, como o aprendizado das máquinas ocorre a partir de dados já existentes, há o risco de que as criações reproduzam trechos ou estilos de obras protegidas por direitos autorais.
Esse processo é um dos principais pontos de questionamento da comunidade artística. Para muitos, a IA pode ser uma ferramenta inovadora, capaz de expandir os limites da arte. Para outros, é uma tecnologia que desafia conceitos de autoria e criatividade, exigindo uma regulamentação mais clara.
O leilão da Christie’s simboliza essa transformação no mundo da arte e evidencia a necessidade de um equilíbrio entre inovação e ética no setor. O futuro das obras criadas por IA dependerá não apenas da aceitação do mercado, mas também das discussões sobre propriedade intelectual e direitos autorais que continuam em curso.
*Com informações de Super Finanças.

-
Política1 dia atrás
Por que o Brasil não é uma potência militar como Índia e Turquia?
-
Mundo24 horas atrás
Qual é o passaporte mais poderoso do mundo? Veja posição do Brasil no ranking
-
Finanças21 horas atrás
Esqueça herança! 3 hábitos financeiros para quem quer se tornar milionário por contra própria
-
Cotidiano2 dias atrás
Vai alugar um Airbnb? Condomínios terão mais autonomia para expulsar maus moradores
-
Finanças1 dia atrás
Dá pra se aposentar jovem? Veja como chegar lá aos 40 anos!
-
Investimentos1 dia atrás
Tesouro Direto, CDB e Caixinhas do Nubank: qual investimento oferece o melhor retorno?
-
Investimentos1 dia atrás
Entenda o que é o Ibovespa e sua relevância para o mercado financeiro
-
Economia11 horas atrás
Mais um pedido de recuperação judicial: por que o setor aéreo brasileiro está em crise?