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Huawei planeja vender unidade de smartphones por US$15 bi para consórcio, segundo fontes

Negócio deve incluir quase todos os ativos da Honor, marca, recursos de pesquisa e desenvolvimento e gestão de cadeia de fornecedores.

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A Huawei quer vender o braço de smartphones de baixo custo Honor pelo valor de 100 bilhões de yuans ou 15,2 bilhões de dólares para um consórcio capitaneado pela distribuidora de aparelhos Digital China e pelo governo de Shenzhen, disseram nesta terça-feira fontes ligadas ao tema.

Segundo essas fontes, a segunda maior fabricante de celulares do mundo está se voltando para aparelhos mais sofisticados e orientados a uso corporativo após as restrições impostas pelo governo de Donald Trump contra seus fornecedores.

O negócio sinaliza que a Huawei tem pouca expectativa de que o democrata Joe Biden fará qualquer mudança na avaliação dos Estados Unidos sobre a companhia após a eleição, acrescentou uma das fontes.

A transação será totalmente em dinheiro, e vai incluir quase todos os ativos da Honor, como marca, recursos de pesquisa e desenvolvimento e gestão de cadeia de fornecedores, acrescentaram as fontes. Ainda de acordo com elas, a Huawei pode revelar o negócio já no domingo.

“Parece ser uma ação drástica uma vez que a Honor é altamente complementar ao portfólio de smartphones da Huawei”, disse a vice-presidente de mobilidade Nicole Peng, da Canalys.

Analistas acreditam que, como a venda a Honor não ficará mais sujeita às sanções impostas por Trump contra a Huawei. A empresa foi criada em 2019, e a Canalys estima que os aparelhos de marca Honor foram responsáveis por 26% das vendas de 51,7 milhões de celulares da Huawei no terceiro trimestre.

Não foi possível contato com Huawei, Digital China e governo de Shenzhen, onde está a sede da empresa. Já a Honor não quis falar sobre o tema.

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