Economia
Chile autoriza importação de carne suína do Paraná
Zona livre de febre aftosa.
O Chile anunciou oficialmente o reconhecimento do Paraná como zona livre de febre aftosa sem vacinação, autorizando a importação de carne suína produzida no estado. A decisão, considerada estratégica para o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países, foi antecipada pelo ministro da Agricultura chileno, Esteban Valenzuela, nas redes sociais, e deve ser formalizada durante a visita do presidente Gabriel Boric ao Brasil.
“Reconhecemos que o Paraná está livre de febre aftosa e, portanto, poderemos receber carnes deste estado muito importante do sul do Brasil”, afirmou Valenzuela.
Segundo o ministro, a medida faz parte de um esforço bilateral para impulsionar o comércio agropecuário entre Brasil e Chile. Além do Paraná, autoridades chilenas seguem avaliando outros estados brasileiros que atendam aos critérios sanitários estabelecidos pelo Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) do Chile.
Carne suína do Paraná
O reconhecimento chileno atende a um pleito antigo dos frigoríficos paranaenses. “Este é um pleito muito antigo do estado e, logo, logo, as empresas paranaenses deverão estar exportando carne suína para o Chile”, comentou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, Luis Rua, classificando o anúncio como “muito importante”.
Em 2024, o Paraná foi o terceiro maior exportador de carne suína entre os estados brasileiros reconhecidos como livres de febre aftosa, com 185,5 mil toneladas embarcadas, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No ranking nacional, o estado ficou atrás apenas de Santa Catarina (730,7 mil toneladas) e do Rio Grande do Sul (289,9 mil toneladas).
O setor de carne suína brasileiro registrou recorde de exportações em 2024, com 1,352 milhão de toneladas embarcadas — crescimento de 10% em relação a 2023 —, resultando em uma receita de US$ 3,03 bilhões.
Contrapartida
Como contrapartida à abertura chilena para a carne suína paranaense, o Brasil decidiu autorizar a importação de mel do Chile, em medida comemorada pelo setor apícola do país andino. “Há uma grande notícia para nosso setor apícola. O Brasil decidiu autorizar o ingresso das exportações de mel chileno”, anunciou Valenzuela.
Desde 2021, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconhece o Paraná como livre de febre aftosa sem vacinação, junto com Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e Mato Grosso. O status internacional é considerado essencial para ampliar o acesso do produto brasileiro a mercados mais exigentes e melhor remunerados.
Em 2024, o governo brasileiro anunciou que todo o rebanho nacional está livre da doença, após o encerramento da última campanha de vacinação, o que poderá pavimentar o caminho para o reconhecimento sanitário do restante do território nacional pela OMSA.
(Com Agência Brasil).

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