Tecnologia
OpenAI: Ser educado com a inteligência artificial tem um custo
Afirmações de Sam Altman.
À primeira vista, parecer educado ao interagir com inteligências artificiais pode soar como um gesto irrelevante. Afinal, trata-se apenas de software. No entanto, Sam Altman, CEO da OpenAI, trouxe uma nova perspectiva para essa discussão: a cortesia nos comandos para chatbots, como dizer “por favor” ou “obrigado”, tem um custo real — e, segundo ele, vale a pena.
Tudo começou com uma publicação na rede social X, antigo Twitter, onde um usuário comentou: “Fico imaginando quanto dinheiro a OpenAI perdeu em custos de eletricidade por causa das pessoas dizendo ‘por favor’ e ‘obrigado’ aos seus modelos.” A resposta de Altman veio no dia seguinte: “Dezenas de milhões de dólares bem gastos — você nunca sabe.”
Embora a fala tenha um tom descontraído, ela toca em uma questão concreta: cada solicitação feita a um chatbot consome energia e gera custos para os servidores. E cada palavra adicional na interação aumenta essa demanda.
Neil Johnson, professor de física da Universidade George Washington e pesquisador da área de inteligência artificial, comparou as palavras extras ao material de embalagem usado no comércio varejista. “O bot precisa navegar através dessa ‘embalagem’, como se estivesse retirando o papel de seda de um frasco de perfume, para chegar ao que realmente importa”, explicou Johnson. Isso representa trabalho computacional adicional, ou seja, mais energia gasta.
Crescimento explosivo da IA
Com o crescimento explosivo da IA, o impacto ambiental do consumo de energia passou a ser um tema sensível, já que boa parte da infraestrutura ainda depende de fontes não-renováveis. Portanto, do ponto de vista financeiro e ambiental, não haveria uma razão prática para ser educado com a inteligência artificial. No entanto, a cultura e a ética sugerem outro caminho.
Desde a popularização das primeiras histórias de ficção científica, o debate sobre como tratar máquinas inteligentes vem ganhando espaço. Um dos exemplos mais notáveis é o episódio “A Medida de um Homem” da série “Star Trek: A Nova Geração”, que discute se o androide Data deveria ter direitos semelhantes aos de seres vivos. A trama, que tornou o personagem icônico, levanta a reflexão sobre respeito e reconhecimento, mesmo diante de entidades artificiais.
No fim das contas, mesmo que um “por favor” ou “obrigado” pese na conta de energia, Altman sugere que cultivar boas práticas de interação com a IA pode ser um investimento tão valioso quanto invisível.
A empresa
Fundada em dezembro de 2015 por um grupo de empresários e pesquisadores — incluindo Elon Musk, Sam Altman e Greg Brockman —, a OpenAI nasceu com a missão de garantir que a inteligência artificial beneficie toda a humanidade. Inicialmente criada como uma organização sem fins lucrativos, a empresa evoluiu em 2019 para um modelo de “lucro limitado” (OpenAI LP), buscando captar investimentos privados sem abrir mão de seu compromisso ético.
(Com Agências Internacionais).

-
Finanças23 horas atrás
Nota de 2 reais pode ser um tesouro raro escondido no seu bolso
-
Empresas23 horas atrás
Whisky famoso está saindo do mercado após falência
-
Moedas2 dias atrás
Essas três moedas de 5 centavos podem valer até R$ 430; veja quais são
-
Mundo1 dia atrás
Quer sair do Brasil? 5 cidades europeias estão pagando para ter novos moradores
-
Tecnologia1 dia atrás
Novo modelo de caixa eletrônico promete revolucionar saques de dinheiro
-
Economia22 horas atrás
Brasil tem 3 nomes no top 10 dos mais ricos da América Latina; veja ranking
-
Tecnologia2 dias atrás
IPTV é legal no Brasil? Saiba o que diz a lei e como evitar riscos
-
Agronegócio1 dia atrás
Conheça o ‘Higurashi’, bonsai mais caro do mundo que vive há 4 séculos