Diretor-geral do Linkedin alerta para grandes mudanças nas habilidades até 2030

Em um cenário de rápidas transformações, as exigências do mercado de trabalho tendem a sofrer mudanças profundas. Segundo Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para a América Latina e África, muitas das competências valorizadas hoje deixarão de ser necessárias até o fim da década.

De acordo com Beck, a evolução da tecnologia, especialmente com o avanço da Inteligência Artificial (IA), está reformulando o perfil profissional ideal.

Estima-se que, até 2030, cerca de 65% das habilidades atuais precisarão ser substituídas por outras mais alinhadas com as novas demandas. As informações são do site Istoé Dinheiro.

Mudanças de habilidades no radar do LinkedIn

Com a ascensão de novas tecnologias, o mercado caminha para uma valorização crescente de habilidades humanas e comportamentais. Ao portal, Beck destaca que competências interpessoais serão cada vez mais importantes frente às funções técnicas mais facilmente automatizáveis.

Ao mesmo tempo, o domínio de ferramentas tecnológicas, como a IA, deixará de ser um diferencial para se tornar uma exigência básica. Isso significa que profissionais de todas as áreas precisarão, ao menos, entender os fundamentos da IA para se manterem atualizados.

Além disso, ele observa que o número de vagas que demandam familiaridade com tecnologia aumentou expressivamente dentro do próprio LinkedIn. Essa tendência reforça a necessidade contínua de aprendizado e adaptação por parte dos trabalhadores.

O que as empresas esperam dos profissionais?

Milton Beck ressalta que, em um contexto de avanços tecnológicos, as habilidades consideradas mais humanas tendem a ganhar valor. À medida que a tecnologia assume tarefas técnicas, aspectos como relações interpessoais e competências sociais passam a ser mais valorizados.

Nesse sentido, ele observa que a maioria dos profissionais precisa manter uma trajetória contínua de desenvolvimento. Isso porque o ritmo das mudanças exige uma adaptação constante para que se mantenham competitivos no mercado de trabalho.

Por fim, o executivo afirma que, com a substituição de funções repetitivas por sistemas de Inteligência Artificial, haverá mais espaço para que os profissionais se dediquem a tarefas com maior carga criativa.

Como se preparar para o futuro?

Diante desse cenário, torna-se essencial adotar uma postura ativa em relação ao aprendizado. Atualizar-se constantemente sobre novas ferramentas, especialmente as relacionadas à IA, pode representar um diferencial importante na trajetória profissional.

Além disso, investir no desenvolvimento de habilidades interpessoais é um passo estratégico. Comunicação, empatia e colaboração são competências cada vez mais valorizadas — e que dificilmente serão substituídas por máquinas.

Portanto, mais do que dominar tecnologias, será fundamental compreender como se adaptar a elas de forma inteligente. A capacidade de aprender continuamente, somada ao olhar humano, pode ser o grande trunfo dos profissionais da próxima década.

*Com informações de Isto é Dinheiro.