Projeto que visa inclusão de mulheres 50+ no mercado é aprovado

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado deu um importante passo ao aprovar o Projeto de Lei 375/2023, proposto pelo senador Weverton (PDT-MA). O texto visa combater o etarismo, favorecendo a inserção de mulheres com mais de 50 anos no mercado de trabalho.

A iniciativa propõe a ampliação do Programa Emprega + Mulheres, previamente estabelecido pela Lei nº 14.457/2022.

Essa medida busca priorizar a qualificação, recolocação e manutenção de mulheres acima de 50 anos em seus empregos, oferecendo alternativas concretas para que esse grupo tenha mais oportunidades profissionais.

Com a aprovação no Senado, o projeto segue para análise na Câmara dos Deputados. Se aprovado, mulheres 50+ terão prioridade em cursos profissionalizantes promovidos por entidades como Senai e Senac, fortalecendo suas habilidades e promovendo sua permanência no mercado.

Importância do apoio e da qualificação profissional

A aprovação do PL chega em um momento crucial, visto que dados do Senai/CNI revelam um aumento significativo no número de trabalhadores com mais de 50 anos.

De 2006 a 2021, esse número mais que dobrou, passando de 4,4 milhões para 9,3 milhões. Esse crescimento destaca a necessidade de políticas ativas para a requalificação dessa mão de obra.

Segundo o relator do texto, Dr. Hiran (PP-RR), a inclusão das mulheres 50+ é também uma questão de direitos humanos. A falta de oportunidades para esse grupo pode trazer graves consequências para setores como a previdência social e a economia.

Desafios enfrentados pelas mulheres 50+

A trajetória das mulheres com mais de 50 anos no mercado de trabalho é desafiadora. Embora sua participação tenha crescido 120% entre 2006 e 2021, elas ainda representam apenas 42,4% dos trabalhadores nessa faixa etária.

O preconceito de idade aliado ao de gênero continua a ser uma barreira significativa.

• 60% das mulheres 50+ percebem o mercado como retraído.
• 69% dos trabalhadores 50+ sentem que perderam oportunidades devido à idade.

Esses dados, coletados por uma pesquisa da Catho em 2024, ilustram a urgência em modificar o cenário atual, promovendo uma visão mais inclusiva e justa para profissionais experientes.

Com o avanço do projeto, espera-se que a sociedade brasileira reconheça e valorize a contribuição dessas mulheres, permitindo que elas contribuam plenamente com suas experiências e conhecimentos. O caminho ainda é longo, mas a aprovação do projeto é um passo decisivo na direção certa.