Nova nota fiscal: o que muda e como as empresas devem se adequar?

A transformação no sistema de emissão de notas fiscais no Brasil está prestes a dar um salto significativo. Com a implementação do novo modelo de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), programada para ser obrigatória a partir de janeiro de 2026, o Brasil avança em uma das etapas mais significativas da reforma tributária.

Essa mudança tem como objetivo principal simplificar o complexo sistema de tributos. Atualmente, os estados mantêm sistemas próprios de autorização para notas fiscais, o que complica a integração e aumenta a carga de obrigações fiscais para as empresas.

A reforma prevê a substituição gradual de tributos federais, estaduais e municipais. Com isso, uma padronização do layout de notas fiscais será implementada, abrangendo tanto a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) quanto a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e).

Preparativos para o novo sistema

Especialistas apontam a necessidade de uma preparação cuidadosa para a transição. A importância de investimentos em tecnologia e na atualização de sistemas internos como medidas essenciais para essa adaptação é destacada por muitos.

De acordo com a Receita Federal, a partir de outubro deste ano, as empresas terão a possibilidade de implementar o novo sistema em ambiente de produção. Durante esse período, o uso do novo modelo de layout será opcional, permitindo que as empresas realizem testes e ajustes antes da obrigatoriedade em 2026.

Impactos para empresas e consumidores

O novo sistema busca trazer maior transparência e facilitar a rotina das empresas a longo prazo. Para o consumidor, a novidade está na clareza dos tributos embutidos em cada compra, que serão detalhados na nova NF-e.

No entanto, as empresas que não se adaptarem ao novo modelo até janeiro de 2026 correm o risco de ter suas notas fiscais rejeitadas, o que poderá impactar diretamente no faturamento e no registro de vendas.

Medidas de adaptação das notas fiscais

A transição para o novo sistema de notas fiscais envolverá não apenas a parte técnica, mas também a capacitação das equipes internas.

De acordo com Araújo, a revisão das estratégias fiscais e o cumprimento de processos de compliance são fundamentais para uma transição tranquila.

Por fim, as empresas são aconselhadas a buscar consultorias especializadas para garantir que seus colaboradores estejam plenamente preparados para operar os novos sistemas, minimizando riscos durante a fase inicial de obrigatoriedade.