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Economia

Campos Neto diz que gasto público pode ser contracionista em caso de segunda onda de Covid-19

Presidente do BC reiterou a importância de o país voltar ao caminho do controle fiscal.

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimou nesta terça-feira que o Brasil não deve adotar medidas que envolvam gastos públicos adicionais caso uma segunda onda da pandemia de Covid-19 chegue ao país, evitando a ameaça de um efeito contracionista na economia.

Campos Neto também destacou a importância de um alinhamento entre os Poderes no país para garantir a aprovação de reformas necessárias à retomada econômica.

“A gente precisa, entendendo que o Legislativo é soberano e que tem o ‘timing’ dele, a gente precisa entrar em um processo de organização entre os diversos Poderes para criar uma conscientização de que é importante aprovar as reformas”, disse ele em entrevista à Globonews,

“Isso vai nos trazer credibilidade, que vai nos trazer investimentos, que vai nos ajudar com o crescimento futuro”, completou.

O presidente do BC reiterou a importância de o país voltar ao curso de controle fiscal após ter sido um dos que mais gastaram com medidas para lidar com os efeitos da pandemia de coronavírus.

Sobre ações adicionais a serem adotadas no caso de uma eventual segunda onda da pandemia, Campos Neto afirmou que, levando em conta o cenário de fragilidade fiscal do país, medidas que levem a gastos públicos podem ser contraproducentes.

Frisando a importância da credibilidade fiscal para atrair investimentos estrangeiros, Campos Neto afirmou que “é como se você colocasse dinheiro na economia entendendo que vai ter um efeito expansionista, e na verdade você tem o efeito contrário, contracionista”.

“O elemento credibilidade é mais importante e inibe o crescimento futuro de uma forma maior do que o dinheiro que está sendo colocado para circular na economia”, explicou.

“Qualquer solução que for apresentada, que for pensada onde a gente consiga impulsionar a economia, colocar dinheiro na economia, sem gerar gasto fiscal, são medidas bem-vindas”.

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