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Economia

Waldery diz que venda de reservas está na lista para redução da dívida

Mas o secretário destacou que quem decide a respeito desse tema é o Banco Central.

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A venda de reservas internacionais é uma medida que entra na lista do governo para redução da dívida bruta, mas quem decide a respeito é o Banco Central, disse nesta sexta-feira o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na quinta-feira que seria possível vender “um pouco” das reservas ao abordar ações que poderiam ser realizadas para redução da relação dívida/PIB do Brasil.

Sobre o tema, Waldery defendeu que a declaração de Guedes “entrou num contexto de uma gestão macroeconômica mais integrada e melhor feita, melhor desenhada”.

“Sim, a posteriori, uma vez que o Banco Central decida tomar suas ações, há um impacto positivo, inclusive sobre o montante da dívida bruta”, acrescentou.

Com exemplo, ele disse que em 2019 a venda de reservas pelo BC ajuda a diminuir a dívida bruta sobre o PIB em quase 2 pontos. As antecipações de recursos do BNDES ao Tesouro contribuíram com queda de mais 1,2 ponto, de acordo com Waldery.

Após dizer que o governo lançou mão desses mecanismos em 2019 e irá fazê-lo, “dadas as intenções, em 2021”, o secretário disse que esses “são itens que entram no nosso cardápio de ações”.

“Sobre venda de reservas internacionais fala o Banco Central. Sobre ficar atento com o nível de endividamento que se expressa, o Ministério da Economia”, completou.

As duas iniciativas ajudaram o governo a encerrar 2019 com dívida bruta de 75,8% do PIB, contra 76,5% em 2018, apesar do déficit primário registrado no ano. Para 2020, a expectativa é de que a dívida dispare a cerca de 96% do PIB, acompanhando os grandes gastos para enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Orçamento travado

Waldery também afirmou, durante a coletiva de imprensa, que o time da economia conta com a constituição da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para apreciação neste ano do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021.

Em meio à disputa política entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do chamado centrão, para indicação à presidência do colegiado, os trabalhos na CMO estão travados.

“A Comissão Mista de Orçamento deve ser constituída agora, trabalhamos com essa hipótese. Há incentivos para o Congresso aprovar tanto o PLDO, quanto também caminhar para aprovação do PLOA (projeto da lei orçamentária). Iremos aguardar”, afirmou o secretário.

Ele diz acreditar que o Congresso sabe da necessidade de apreciação dos dois projetos, e ressaltou que os textos é que dão previsão legal para a execução das emendas dos parlamentares.

O secretário afirmou que o governo está atento à necessidade de auxílio da União e que “diversas medidas” estão sendo analisadas, o que se tornou ainda mais necessário pós o apagão elétrico do Amapá ter atingido famílias no Estado.

“No momento devido, os ministros associados ao tema, tanto o núcleo político quanto o núcleo econômico, devem se pronunciar”, completou.

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