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Economia

IPCA-15 dispara em novembro a nível recorde mensal em 5 anos e supera centro da meta em 12 meses

Todos os grupos pesquisados em novembro observaram alta, sendo a maior delas novamente em Alimentação e bebidas.

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A prévia da inflação do Brasil ficou em novembro em seu maior patamar para o mês em cinco anos e apontou que os custos dos alimentos seguem pesando nos bolsos dos consumidores próximo ao fim do ano, disparando o aumento dos preços em 12 meses para além do centro da meta do governo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a ter alta de 0,81% em novembro, de 0,94% em outubro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.

No acumulado de 12 meses, a alta foi a 4,22%, de 3,52% antes. Dessa forma, a inflação medida pelo IPCA ultrapassou o centro da meta para 2020, que é de 4% com margem de 1,5% para mais ou menos.

Os números ficaram acima das projeções de economistas ouvidos pela Reuters, que era de aumentos de 0,72% no mês e de 4,12% em 12 meses.

Todos os grupos pesquisados em novembro observaram alta, sendo a maior delas novamente com Alimentação e bebidas. Nesse final de ano, a inflação dos alimentos vem se destacando em parte devido ao câmbio favorável às exportações, o que gera temores de uma alta mais ampla dos preços.

Os preços de alimentação e bebidas saltaram de 2,16% no mês, sendo que os alimentos para consumo no domicílio dispararam 2,69%. Itens importantes na mesa das famílias como as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa (33,37%) pesaram nesse resultado.

O IPCA-15 de novembro também recebeu impulso da alimentação fora de casa, que registrou avanço a 0,87%, de 0,54% no mês anterior, principalmente por conta do aumento de 1,92% no item lanche.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu recentemente que uma redução do imposto de importação sobre alimentos para lidar com a alta nos produtos deve ser uma iniciativa permanente.

Também pesou no índice de novembro o grupo Transportes, embora tenha avançado somente 1%, contra 1,34% em outubro. O destaque foi para a alta de 1,17% da gasolina, subitem de maior peso do IPCA-15.

O Banco Central chegou a assumir uma pressão inflacionária mais vigorosa no curto prazo, mas seguiu com sua mensagem de orientação futura.

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