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Plano de negócios da Petrobras leva BTG Pactual a elevar preço-alvo de ações da estatal
Preço-alvo do American Depositary Receipts (ADR) subiu para 13 dólares, de 12 dólares em novembro.
O BTG Pactual aumentou nesta terça-feira o preço-alvo para as ações da Petrobras, após a empresa detalhar na véspera seu plano de negócios de cinco anos, que endossou a aposta em ativos de classe mundial e de baixo custo como o pré-sal e ampliou o programa de desinvestimentos.
O preço-alvo do American Depositary Receipts (ADR) subiu para 13 dólares, contra 12 dólares no mês passado, disse o BTG, apontando o grande potencial de pagamentos de dividendos.
O alvo da ação preferencial, por vez, foi elevado pelo banco de investimento para 34 reais, versus cerca de 25,50 reais visto nas negociações desta terça-feira.
“Nossas suposições ainda são baseadas em um Brent de 50 dólares o barril no longo prazo, o que poderia ter algum aumento adicional se a recente recuperação das commodities continuar”, disseram os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares.
O BTG disse ainda que a curva de produção do novo plano decepcionou, considerando que é aproximadamente 5% menor do que programa anterior, anunciado em 2019.
Contudo, a administração da estatal passou uma “mensagem de forte desalavancagem, maiores dividendos e maior comprometimento com temas ESG”, relativos a questões ambientais, sociais e de governança corporativa.
A Petrobras tem como meta pagamentos de dividendos em prazo de cinco anos de 30-35 bilhões de dólares, afirmaram os analistas, incluindo receitas da venda de ativos, corroborando com a previsão do banco de 30 bilhões de dólares para o lustro.
“Isso representa um rendimento médio anual de dividendos de 11,6%. Portanto, os acionistas da Petrobras podem estar a um ano ou mais de distância dos rendimentos de dividendos de dois dígitos”, disseram.
Na segunda-feira, a petroleira afirmou planejar desinvestimentos de 25 bilhões a 35 bilhões de dólares entre 2021 e 2025, contra de 20-30 bilhões de dólares em seu último plano de negócios.
A venda de ativos também desencadeará uma queda nas vendas de petróleo da Petrobras no Brasil e maiores exportações, além de prejudicar a produção da commodity da estatal em 600 mil barris/dia de óleo equivalente no futuro.
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