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Economia

IAEmp cai em novembro e ressalta desafios para mercado de trabalho do Brasil

Vale destacar que, em tempos de crise, o mercado de trabalho tende a ser o último a se recuperar.

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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que vinha dando indícios de recuperação, voltou a perder força em novembro. Desta forma, o mercado de trabalho do Brasil enfrenta um cenário desafiador para os próximos meses, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve um recuo de 0,4 ponto no mês passado, chegando a 84,5 pontos, interrompendo assim uma sequência de seis altas consecutivas.

“O resultado de novembro mostra que o IAEmp perdeu força no ritmo de recuperação acomodando antes de retornar a um patamar pré-pandemia”, afirmou em nota o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler.

“O cenário para os próximos meses com elevada incerteza, principalmente sobre a velocidade da retomada da economia brasileira após o fim dos benefícios do governo, é desafiador e sugere que ainda não é possível vislumbrar uma recuperação robusta no curto e médio prazo”, acrescentou.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) teve alta de 3,2 pontos, a 99,6 pontos, maior patamar registrado desde maio deste ano. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

“A significativa alta do ICD sinaliza piora na percepção sobre o mercado de trabalho. Com esse resultado é possível imaginar aumento da taxa de desemprego nos próximos meses”, completou Tobler.

Vale destacar que, em tempos de crise, o mercado de trabalho tende a ser o último a se recuperar.

De acordo com os dados mais recentes do IBGE, o Brasil tinha 14,1 milhões de desempregados ao final do terceiro trimestre, com a taxa de desemprego em nova máxima recorde de 14,6%, reflexo do constante aumento da procura por trabalho após a flexibilização das medidas de contenção ao coronavírus.

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