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Economia

Imposto de Renda: promessa de Bolsonaro de ampliar isenção vai custar R$ 74 bilhões

Presidente afirmou que tentaria passar a renda livre do pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 3 mil mensais.

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Imposto de Renda: Receita permite parcelar o IR

A ampliação do grupo de isentos do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) pode custar quase R$ 74 bilhões aos cofres públicos. No mês anterior, Jair Bolsonaro, presidente da República, afirmou que tentaria passar a renda livre do pagamento do imposto para quem recebe até R$ 3 mil mensais.

Uma pesquisa da Associação Nacional dos Auditores da Receita Fiscal (Unafisco) aponta que a nova promessa do presidente beneficiaria 4,3 milhões de contribuintes que seriam desobrigados de fazer a declaração anual. No entanto, isso representaria uma redução de R$ 73,87 bilhões na arrecadação do governo federal.

Mauro Silva, presidente da Unafisco, afirma: “O que estamos trazendo é que, se ele quer (isentar até R$ 3 mil), então que saiba que custa R$ 74 bilhões. Temos de onde tirar se cortarmos privilégios tributários, mas é preciso que saiba o quanto custa e que terão que enfrentar esses privilégios. Tem de tirar do lugar certo”.

Ele lembra que os privilégios tributários atribuídos pelo governo atualmente, por exemplo a isenção de IR sobre lucros e dividendos, somaram mais de R$ 400 bilhões em 2020, ou seja, mais de cinco vezes do custo da ampliação da isenção do IR.

Desde sua campanha, em 2018, Bolsonaro prometia ampliar a isenção do tributo. Na época, o compromisso era passar o limite da desobrigação de IR para cinco salários mínimos. Atualmente, seria o equivalente a R$ 5,5 mil.

Em transmissão através das suas redes sociais, no dia 14 de janeiro, o presidente renovou a promessa: “Vamos tentar pelo menos para 2022 passar para R$ 3 mil. Está hoje em dia mais ou menos R$ 2 mil, nós gostaríamos de passar para R$ 5 (mil). Não ia ser de uma vez toda, mas daria até o final do nosso mandato para fazer isso aí. Não conseguimos por causa da pandemia”.

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