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Economia

Poupança tem saída líquida de R$5,832 bi em fevereiro, diz BC

O desempenho negativo se dá após ter batido recorde de investimentos no ano passado

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Poupança

A tradicional caderneta de poupança registrou em fevereiro o segundo mês seguido de saídas líquidas, de R$ 5,832 bilhões, maior saque para o período desde 2016, informou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira.

Segundo a Reuters, o desempenho negativo se dá após ter batido recorde de investimentos no ano passado e coincide com o fim da concessão do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, pago pelo governo em medida de enfrentamento à crise da Covid-19 até dezembro.

Investimentos que rendem mais do que a poupança

Poupança: os saques

No mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 5,005 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na rural houve retirada líquida de R$ 827,5 milhões.

Em fevereiro de 2020, teve uma saída líquida de R$ 3,571 bilhões mas, no acumulado do ano passado, a aplicação recebeu um total de R$ 166,3 bilhões em depósitos líquidos, valor recorde. Este ano, a poupança já acumula saídas de R$ 23,9 bilhões.

Em fevereiro de 2016, a poupança teve um saque de R$ 6,638 bilhões.

As retiradas

As retiradas da poupança se dão hoje a despeito do aumento relativo da competitividade da aplicação, que é isenta de imposto de renda, frente a outros investimentos, em um cenário de juros baixos.

A aplicação rende 70% da taxa Selic quando o juro básico está em até 8,5% ao ano. Atualmente, isso coloca a remuneração da poupança em 1,4% em 12 meses. Caso a Selic fique acima do patamar de 8,5%, a poupança passa a render 0,5% ao mês mais Taxa Referencial –que está em zero.

Como outras alternativas de investimento na renda fixa podem sofrer mais tributação, acabam entregando rendimento similar ou mesmo inferior ao da poupança.

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