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Economia

Com aumento da Selic, poupança passa a render 0,16% ao mês, mas segue abaixo da inflação

Ainda que a poupança esteja rendendo mais, a modalidade continua perdendo para a inflação, que em fevereiro teve alta de 5,2% nos últimos 12 meses.

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Na última quarta-feira, 17, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o aumento da taxa Selic para 2,75% ao ano. Desde meados de 2020, a taxa básica de juros era mantida em sua mínima histórica, de 2% ao ano.

A Selic é a taxa que influencia as demais taxas de juros no país, tais como as que incidem em financiamentos, empréstimos e até mesmo na poupança. Segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com o aumento da taxa básica, o rendimento da poupança passará a ser de 0,16% ao mês, e de 1,93% ao ano. Antes disso, o rendimento era de 0,12% ao mês e de 1,4% ao ano.

Para exemplificar, considere um investimento de R$ 10 mil na poupança durante 12 meses. Com a Selic a 2%, o rendimento ao final deste prazo seria de R$ 140. Já com a taxa básica de juros a 2,75%, o mesmo valor investido irá render R$ 193 em um ano.

Contudo, ainda que a poupança esteja rendendo mais, a modalidade continua perdendo para a inflação, que em fevereiro teve alta de 5,2% nos últimos 12 meses. Na prática, isso significa que o investidor acaba tendo seu poder de compra reduzido com o passar do tempo ao guardar dinheiro na poupança.

De acordo com a regra vigente desde 2012, quando a taxa Selic se encontra abaixo de 8,5%, o reajuste anual da poupança é de 70% da taxa de juros básica mais a Taxa Referencial (TR), zerada desde 2017. Já para os depósitos realizados antes de 2012, é aplicada a regra antiga, que determina rendimento de 6,17% ao ano (0,50% ao mês).

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