Economia
Carros novos mais cobiçados estão 20% mais caros e demoram até 150 dias para entrega
As vendas no acumulado de 2021 já são 14,1% maiores
Os carros novos mais cobiçados do mercado estão 20% mais caros e demoram até 150 dias para a entrega. A afirmação é de Flávio Maia, diretor de planejamento da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (AssoveMG).
Ele explica que os financiamentos mais baratos e a maior segurança do transporte privado atraíram os clientes, provocando uma demanda inesperada.
Também disse que antes as taxas giravam em torno de 1% ao mês. Hoje, já é possível encontrar bancos que cobram até 0,70% ao mês pelo crédito.
Por conta disso, os preços dos veículos estão até 20% mais altos e faltam carros zero quilômetro.
De acordo com a Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), foram comercializadas 1.237.030 unidades em março, contra 1.188.275 no mês anterior.
Para ter uma ideia, as vendas no acumulado de 2021 já são 14,1% maiores do que o mesmo período de 2020.
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Carros
As poucas peças adquiridas pelas montadoras são destinadas a modelos mais rentáveis, que podem ou não ser fabricados no país. Por conta disso, alguns modelos, tanto de entrada, quanto mais sofisticados, podem estar mais em falta que outros.
Contudo, é um fato que o estoque baixo é generalizado no mercado, atingindo também os seminovos e usados, em um efeito dominó. Esse cenário provoca situações como seminovos com valores mais altos do que o de veículos novos.
Presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior estimou que, do total de modelos zero quilômetro à venda no país, apenas 30% têm estoque disponível para pronta-entrega. “Acreditamos que ainda deve demorar até três meses para o mercado normalizar”, disse.
Uma pesquisa do segmento de classificados do Mercado Livre mostrou que, em novembro, houve uma alta de 1,5% nos preços de carros usados vendidos na plataforma.
Modelos
Modelos Chevrolet, Fiat e Renault tiveram poucas variações de preços no período, enquanto modelos da Toyota registraram queda de 2%, e os da Hyundai, Mitsubishi e BMW apresentaram alta de 7%, 6% e 4%, respectivamente.
Além do segmento de veículos de passeio, o de caminhões também está sofrendo por conta do aumento da demanda do comércio eletrônico. E, por fim, o de motos, em razão do aquecimento do serviço de delivery.
Para piorar, 80% das motos têm fabricação em Manaus (AM), onde a pandemia está fora do controle. “A fila para adquirir motos para realizar um trabalho essencial chega a três meses”, disse Junior.
Segundo a diretora geral da Cox Automotive e da KBB, Ana Renata Navas, o cenário atual não é propício para a compra, já que promove alta de preços e não dá espaço para barganhas.
“Caso a necessidade seja emergencial, não há como fugir. Mas o consumidor deve pesquisar e preferir carros que tenham mais oferta no mercado para obter um preço melhor”, afirmou.
Negociação
Ela também não recomenda a troca agora e sugere esperar alguns meses para conseguir obter um valor maior. O conselho é reforçado pelo CEO da Auto Avaliar, J.R Caporal.
“Quem vendeu um veículo usado por um bom preço pode optar por veículos por assinatura até o momento em que verificar melhores condições para a compra. Há planos hoje por a partir de 1.100 reais por mês, caso de um Fiat Mobi”, sugeriu.
Para quem precisa se desfazer do carro para pagar dívidas, uma saída encontrada pelos distribuidores foi criar a troca com troco. A operação consiste na compra de um carro mais novo e na troca por um mais antigo ou de menor valor.
“Quem tem um carro de R$ 50 mil pode trocar por um de R$ 30 mil e sair com R$ 20 mil no bolso. Muita gente está desempregada e precisando de liquidez na crise para pagar o cheque especial e despesas da casa. É um jeito de aumentar estoques. Em geral paga-se ao vendedor o preço da tabela Fipe, mas vai depender da conservação do veículo”, explicou o presidente da Fenabrave.

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