Bancos
Nubank recebe aporte de Warren Buffet e faz concorrência entre bacos acirrar
Dona do roxinho dispara
O Nubank recebeu aporte de Warren Buffet e isso fez a concorrência entre bancos se acirrar, principalmente acendendo a luz de alerta dos bancões tradicionais.
Isso porque as instituições convencionais já estavam correndo atrás do prejuízo, tentando se digitalizar para acompanhar o ritmo de crescimento frenético apresentado pelas fintechs, mas a última movimentação do Nubank jogou mais lenha na fogueira.
Se antes o segmento olhava para as fintechs com certo desdém, agora, com Buffet participando do jogo, injetando dinheiro e precificando um dos bancos digitais que está abrindo um mar de oportunidades, pode-se dizer que a brincadeira ficou série.
Nubank
Para se ter ideia, dia 8 o Nubank recebeu um aporte de US$ 750 milhões, dos quais US$ 500 milhões vieram do bolso de Buffet.
A rodada de investimentos a qual a fintech estava previamente inscrita, mas razoavelmente desacreditada pelo mercado nacional, elevou o Nubank a posição de maior banco digital do mundo, com 40 milhões de clientes.
Outro ponto importante é que com esse volumem de capital captado, o Nubank também elevou a própria rodada de investimentos que, assim, se classificou como a maior já feita por uma startup latino-americana.
Concorrência
Meses atrás o Bradesco colocou na praça seu próprio banco digital, o next, independente do bancão com sede na Cidade de Deus (RJ).
Das instituições tradicionais que ainda não implementaram um banco digital à parte, a exemplo do Bradesco, sobrou a atualização de suas plataformas. Isso porque o brasileiro foi forçadamente habituado ao ambiente online dos bancos por conta da pandemia.
Apesar de, inicialmente, esse encontro ter sido meio na base do tranco, agora o que se vê é que as facilidades trazidas com a digitalização caíram no gosto dos brasileiros.
Tanto é assim que a Caixa, banco público tradicional, não demorou a colocar sua equipe de desenvolvimento para trabalhar e, em pouquíssimo tempo, colocaram no mercado sua poupança digital: o Caixa Tem.
E pensar que tudo começou com um cartão roxinho voltado a um público mais jovem que, eventualmente, tem menos dinheiro em função de não ter uma carreira consolidada, mas que, agora, elevou o Nubank a case de sucesso entre empresas que oferecem produtos e serviços financeiros.
Agora, redes varejistas e supermercadistas, entre outros grupos econômicos, fazem questão de colocar na praça seus próprios cartões e utilizam um pouco da estratégia do Nubank, principalmente no que tange a menos tarifa e mais agilidade nos processos.
Bom, com o aporte de ontem o Nubank passou a ser avaliado em US$ 30 bilhões, segundo estimativas de mercado. Se já tivesse ações negociadas em Bolsa, a companhia comandada pelo colombiano David Vélez teria deixado para trás a XP (US$ 23 bilhões) e o BB (US$ 20,6 bilhões) e estaria próxima do BTG Pactual (US$ 36,4 bilhões) e do Santander Brasil (US$ 33,6 bilhões). No topo, mais distantes, estão hoje o Itaú Unibanco (US$ 60,2 bilhões) e o Bradesco (US$ 50,9 bilhões).
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