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Finanças

Poupança continua em baixa, com rendimento real nada atrativo

Aplicação vai perdendo relevância

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Poupança

A poupança continua em baixa, com rendimento real nada atrativo, segundo levantamento da consultoria Economatica.

Os dados mostram que, após descontada a inflação, a caderneta teve retorno negativo de 6% nos últimos 12 meses até maio.

Conforme a empresa, o resultado representa o nono mês consecutivo de perda de poder aquisitivo para o investidor, e é o pior desde outubro de 1991, quando o retorno real ficou negativo em 9,72%.

A Economatica elencou, ainda, que a maior sequência de meses em queda de poder aquisitivo, dentro da amostra, aconteceu entre fevereiro de 2015 e setembro de 2016, com 20 meses de perda de poder aquisitivo no acumulado em 12 meses.

Porém, destacou que em maio a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,83% ante abril – a maior taxa para o mês desde 1996. No ano, o índice acumula alta de 3,22%, que chega a 8,06% em 12 meses.

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Poupança

Outro levantamento destaca que os preços devem continuar subindo até o fim do ano. Trata-se do Boletim Focus do Banco Central (BC), que afirma que a mediana das projeções, que vem sendo continuamente elevada, aponta hoje para uma alta de 5,44% do IPCA em 2021.

Considerando este cenário, a poupança rendeu apenas 0,16% em maio, ante variação de 0,27% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa.

Já no acumulado do ano, o retorno da caderneta chega a 0,67% (ante 0,97% do CDI) e, em 12 meses, a 1,57%, enquanto o CDI tem variação de 2,17%.

Entretanto, segundo a consultoria, mesmo em meio às perdas reais a caderneta segue entre as aplicações preferidas dos brasileiros. Em maio, a poupança registrou o segundo mês positivo de captações no ano, com entrada líquida de R$ 72,6 milhões.

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