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Economia

Brasil teve queda de 9,4% no 2° tri em meio a pandemia do coronavírus, diz pesquisa

Em pesquisa realizada com 33 economistas na semana passada, a Reuters apontou que a economia brasileira pode ter encolhido 9,4%.

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A economia brasileira apresentou provável queda de 9,4% durante o segundo trimestre deste ano, sob o impacto da pandemia de coronavírus no país, amargando o pior resultado trimestral de todos os tempos. Os dados foram levantados em pesquisa da Reuters.

Até o momento, o Brasil registrou mais de 3,6 milhões de casos da doença desde o início da pandemia, o pior surto do mundo com excessão dos Estados Unidos.

Após o presidente Jair Bolsonaro anunciar gastos fiscais para lidar com as consequências da Covid-19, a atividade econômica começou a se movimentar novamente. Contudo, a euforia foi substituto por temores de que essa abordagem possa prejudicar o compromisso de austeridade se mantida por um longo período.

Os números do Produto Interno Bruto (PIB) serão divulgados em 1º de setembro, o que deve dar início a discussões acirradas sobre a extensão de uma vasta iniciativa de gastos que está desgastando rapidamente a posição de Paulo Guedes, ministro da Economia.

Preocupados com o crescente déficit orçamentário, os economistas vêem suas preocupações crescendo enquanto aumentam a pressão sobre um governo que já enfrenta críticas por sua conduta diante da crise sanitária no país. A Covid-19 já matou mais de 115 mil pessoas no país.

O PIB apresentou provável queda de 9,4% no período de abril a junho na comparação com o trimestre anterior, seguida de uma queda de 1,5% no primeiro trimestre. As informações vêm da média das estimativas de 33 economistas consultados entre 17 e 21 de agosto pela Reuters. As projeções da queda variam de de 7,5% a 13,6%.

É quase unânime entre os economistas que os gastos e os investimentos privados pesaram a economia no segundo trimestre, com a renda familiar enfraquecida pelo aumento do desemprego e as empresas segurando os gastos de capital.

Refletindo uma retomada nascente diante da paralisia inicial, o tamanho estimado da queda da economia em termos anuais foi reduzido pela segunda vez, com os analistas esperando uma contração de 10,7%, ante projeção de perda de 12,7% em maio.

Na última semana, analistas da MB Associados opinaram: “As soluções dadas por diversos governos impediram que a queda fosse ainda mais pronunciada”; Para ele, os programas de auxílio de renda apoiarão o padrão de consumo, em especial das classes mais baixas.

Outra expectativa desses analistas analistas era o impacto do aumento do comércio no Brasil, impulsionado pela grande desvalorização da moeda brasileira em meio à pandemia.

“Os setores commoditizados, como agropecuária e extrativa mineral, terão resultados bem razoáveis e alguns segmentos que em um primeiro momento pareciam que teriam queda mais forte, como construção e investimento, terão quedas menores do que se imaginava”, disseram.

Contudo, o agravamento das contas públicas e seu impacto político estão voltando a afetar o comércio local.

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